
De acordo com os números do estudo efetuado pelo Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo da Universidade do Algarve e divulgado pelo ACP, clube organizador da etapa portuguesa a contar para o Mundial de Ralis, mais de metade do retorno – 73,42 milhões de euros — verificou-se em despesa direta assegurada por adeptos e equipas nas regiões do Norte e Centro, onde decorreu a prova.
Face ao volume e tipologia de gastos dos adeptos, com destaque para os setores da alimentação e bebidas, transportes internos e alojamento, é possível estimar que residentes e turistas com despesas afetas ao Rali de Portugal proporcionaram ao Estado uma receita fiscal bruta superior a 21,6 milhões de euros, relativos ao IVA e ISP, valor que representa 29,5% de impostos face à despesa direta total.
No referido estudo anual do impacto do rali na economia, foi registado um milhão de espetadores, oriundos de 15 diferentes origens, identificadas no estudo: 41,1% eram estrangeiros e 58,9% nacionais, que expressaram, independentemente da sua origem, intenção de regresso, nos próximos três anos, às regiões palco do rali, tendo 90,9% manifestado tal intenção no verão e 72,2% no inverno.
Em relação ao retorno económico da prova através dos Media – impacto indireto – segundo o critério de valor monetário das notícias (AEV) proveniente da exposição nacional e internacional, o Rali de Portugal 2019 gerou 67,7 milhões de euros.
Esta valorização resulta da exposição da imagem da prova e das regiões norte e centro nos vários canais internacionais, com destaque para a exposição televisiva em mercados como França, Finlândia, Bélgica, Espanha, Japão, Polónia, Suécia, Alemanha, República Checa e Bulgária.De realçar ainda a relevância do rali para a economia desde 2007, ano em que a prova regressou ao Mundial: 1.314,2 milhões de euros numa perspetiva agregada.
Trata-se de um contributo que nenhum outro evento desportivo ou turístico organizado anualmente em território nacional atinge. Os resultados alcançados dizem respeito a diferentes zonas do país com realidades económicas, sociais e de procura turística diferenciada e em alguns casos contribuem, simultaneamente, para dinamizar economias locais em territórios de baixa densidade, concorrendo para alargar o turismo todo o ano e em todo o território.