Rali Serras de Fafe e Felgueiras: equipas WRC são hipótese

14/01/2020

A dupla campeã nacional Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda Fabia R5) em ação na edição de 2019 do Rali Serras de Fafe
A presença de, pelo menos, uma das equipas oficiais do WRC, é tida como muito provável no Rali Serras de Fafe e Felgueiras, prova que estará na estrada nos próximos dias 28 e 29 de fevereiro.

O presidente da FPAK, Ni Amorim, sem levantar a ponta do véu, sublinhou, no decorrer da apresentação do rali organizado pela Demoporto, que a prova, em termos de participantes, «vai ser mais um sucesso, com uma lista de inscritos notável, pois tudo indica que teremos a presença de vários pilotos estrangeiros».

A notícia da participação de um – ou mais – wrc’s, a confirmar-se, como espera a organização, constituirá mais um motivo de atração da prova, que na 33.ª edição apresenta algumas novidades em termos de percurso, sendo as mais relevantes os regressos das classificativas de St.ª Quitéria e de Seixoso, no concelho de Felgueiras, troços que durante alguns anos foram palco do Rali de Portugal, e uma incursão em Vieira do Minho.

Para o presidente do município de Fafe, Raul Cunha, «é uma forma bonita de abrir a época, na Catedral dos Ralis», e sublinhou que «este ano vamos envolver os concelhos vizinhos».

Nuno Fonseca, presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, confessou «um misto de satisfação, pelo rali regressar a Felgueiras, e de grande emoção, pois recordo o Paulo Gonçalves e de tantas vezes que fizemos o troço de St.ª Quitéria. É de gente com valores, como ele, que o desporto motorizado precisa».

St.ª Quitéria e Seixoso de regresso

Em termos de estrutura, o dia 27 de Fevereiro é preenchido com as primeiras verificações técnicas e documentais.

No dia seguinte, após a qualificação, a partida oficial está prevista para as 15,00 horas, em Fafe, seguindo-se dupla passagem por Aboim/Monte (16,42 km).

A terminar, a classificativa noturna (21.00 horas), um troço-espetáculo (1,67 km), no centro de Fafe.

No sábado (29 de fevereiro), os concorrentes têm pela frente Montim (8,83 km), Seixoso (7,98 km) e St.ª Quitéria (9,26 km), especiais percorridas por duas vezes durante a manhã.

À tarde, Lameirinha (11,94 km) e Luilhas/Guilhofrei (11,21 km), uma nova versão da clássica Luilhas, ambas em dupla passagem, antecedem o pódio (19.00 horas).

No total, 13 classificativas, que perfazem 132,95 km.

Zonas espetáculo em todos as classificativas

O diretor de prova, Carlos Cruz, realçou a preocupação coma segurança e adiantou que «todas as classificativas vão ter duas zonas-espetáculo, que espaços onde é possível assistir à passagem dos concorrentes sem correr riscos».

O rali é pontuável para os Troféus Europeu e Ibérico, Campeonato de Portugal (CPR) e Campeonato Norte, tendo o presidente da FPAK revelado que «a Federação vai juntar-se a uma organização ambientalista e em parceria com a Câmara Municipal plantar algumas árvores de grande porte. Entendemos que devemos contribuir para minimizar o impacto das provas», justificou.

Europeu na mira

Apesar do cunho internacional do rali, o município de Fafe «quer ir mais longe», segundo adiantou o vice-presidente Parcídio Sumavielle, «Queremos organizar uma prova do Campeonato da Europa. Mantivemos silêncio sobre este tema, pois entendemos que só deveríamos avançar, caso não houvesse condições para que os Açores realizassem a sua prova».

O autarca sublinhou que «as câmaras de Fafe e de Felgueiras estão disponíveis para receber uma prova de outro calibre».

Para já, o Rali Montelongo é candidato ao Europeu de Clássicos. Trata-se de um rali em asfalto e que pode ter a participação de pilotos empenhados no CPR e que pretendam testar para a 2.ª fase da temporada.