Rali Vinho da Madeira com Boaventura e percurso mais em linha

26/02/2019

O enquadramento natural das classificativas madeirense proprociona imagens de grande beleza. Na foto, a dupla continental José Pedro Fontes/Paulo Babo (Citroën) em acção
O Rali Vinho da Madeira (1 a 3 de agosto) regressa, este ano, em que se assinalam os 60 anos da prova e os seis séculos da descoberta do arquipélago, a um figurino assente numa matriz mais tradicional.

Integrada nas comemorações das referidas efemérides, haverá uma prova de regularidade e de velocidade para clássicos, em que participarão vários dos modelos que fizeram, ao longo de todos estes anos, a história de um dos ralis mais emblemáticos em termos europeus.

O regresso a esses dias de esplendor podem estar no horizonte, mas José Paulo Fontes, presidente da comissão organizadora da prova madeirense a contar para o FIA European Rally Trophy Iberia, à conversa com o MOTOR 24, mostrou-se reservado em relação a este tema e afasta polémicas:

«Não estamos a ocupar o lugar de ninguém, cedemos o lugar por dificuldades financeiras e não forçamos o regresso», referiu aquele responsável.

Este ano, o Vinho da Madeira, 6.ª prova do Campeonato de Portugal de Ralis, volta a realizar-se entre 5.ª feira, com a especial da Avenida do Mar a abrir, e sábado, ou seja de 1 a 3 de agosto.

A abertura de um novo túnel entre S. Vicente e Santana vai permitir o regresso da classificativa de Boaventura, no dia 2 de agosto (6.ª feira) o que torna o percurso da prova mais corrido, em linha, menos concentrado.

O rali vai ter, em princípio, mais duas classificativas que em 2018, excedendo um pouco os 200 quilómetros ao cronómetro. «Ainda estamos numa fase de acerto», revelou José Paulo Fontes, que justificou a cerimónia do pódio da prova na tarde de sábado (3 de agosto):

«O final do rali tem de ser de festa e desse modo reedita-se essa tradição».

Patrick Snijers, o desejado

Quanto a nomes, «a aposta é na vizinhança ibérica. Estamos a desenvolver contactos para ver se conseguimos ter o ferry-boat com ligação às Canárias com horários compatíveis», adiantou José Paulo Fontes, relembrando que «os pilotos espanhóis e italianos fizeram a imagem do Vinho da Madeira. Estão no ADN do rali».

Um dos pilotos que deu forte contributo para a projeção da prova foi Patrick Snijers. O regresso do belga, vencedor em 1988 (BMW M3) e 1993 (Ford Escort RS Cosworth) era muito bem visto pela organização… Pelo menos, vontade para que tal aconteça não falta, num ano tão especial para o rali que é o grande cartaz desportivo da Madeira e um dos maiores veículos de promoção turística.