Com a prova a contar também para o Campeonato Europeu de Ralis (ERC), a dupla Hayden Paddon/John Kennard (Hyundai i20 N Rally2) venceu à geral, batendo Mads Ostberg/Patrik Barth (Citroën C3 Rally2) por 10,7 segundos, enquanto Georg Linnamae/Morgan James (Hyundai i20 N Rally2) ficaram no lugar mais baixo do pódio.
Porém, olhando apenas para as contas do ‘nacional’ de ralis, foi Breen que se destacou. Além de terminar a prova em sexto à geral, a nova aposta da Hyundai Portugal para o CPR terminou com uma vantagem de 1m35,5s face à dupla Miguel Correia/Jorge Carvalho (Skoda Fabia Evo), apesar de ter chegado a sofrer dois furos no segundo dia. Uma prestação avassaladora no último dia fê-lo recuperar os 23,2 segundos de atraso e depressa abriu uma vantagem segura.
“Foi um bom começo de campeonato, mas gostava de ter ganho também a nível absoluto… Gostei da prova e agora que venha a próxima”, comentou Breen, que não deixou de apanhar susto no último dia, na segunda passagem por Luílhas, quando na sequência de um ligeiro “toque” ficou com o Hyundai a andar em duas rodas.
Miguel Correia percebeu rapidamente que o segundo lugar no CPR era precioso para os seus objetivos no campeonato. “Hoje já conseguimos andar ao nosso ritmo, o carro estava muito melhor e este resultado foi bastante positivo para início de campeonato”, disse o jovem piloto de Braga.
O terceiro lugar também não sofreu alteração, já que Ricardo Teodósio, com o Hyundai afinado mais ao seu gosto, teve oportunidade de se “expressar” melhor, mas nem por isso passou por momentos de tranquilidade no final: “Apostava em conseguir um bom resultado na power stage [Lameirinha 2], para amealhar o máximo de pontos, mas fui surpreendido por um furo e quase perdia o terceiro lugar. Até chorei… Felizmente, tudo acabou bem”, explicou o piloto do Team Hyundai Portugal.A última etapa ainda permitiu que José Pedro Fontes (Citroen C3) minimizasse o modesto desempenho do dia anterior, ganhando duas posições, a Pedro Almeida e Lucas Simões. “Ontem errámos na afinação do carro para lama e sofremos com isso, mas hoje foi possível lutar com os melhores pilotos portugueses e recuperar os lugares possíveis”, afirmou o piloto da Sports & You.
Reação diferente tinha Pedro Almeida, quinto classificado, que não resistiu à pressão de Fontes nas últimas classificativas do rali. “Bem tentei manter o quarto lugar, mas não deu. Este é um resultado mais ou menos, não o que eu esperava. Positivo foi ter chegado ao fim”, referia o jovem piloto do Skoda Fabia. ‘Dono’ do sexto lugar, Lucas Simões levou o Ford Fiesta R5 a bom porto no seu quarto rali em pisos de terra, considerando a experiência positiva, para “adquirir confiança”.
Pouca sorte para Bernardo Sousa (Citroën C3), que desistiu no último dia devido a um toque com a roda traseira direita na primeira passagem pela Lameirinha, e para Armindo Araújo, com este último a protagonizar um aparatoso acidente que, praticamente, desfez toda a secção dianteira do seu Skoda Fabia. O piloto e o navegador foram transportados para o Hospital de Chaves, para serem submetidos a exames complementares, mas já tiveram alta apenas com pequenas lesões.
Por último, de referir que na power stage (Lameirinha 2), qur atribui pontos suplementares para o CPR, Breen averbou o melhor tempo, seguido de Miguel Correia e de José Pedro Fontes. A próxima prova do Campeonato de Portugal de Ralis é o Rali Casinos do Algarve (31 março/1 abril)
1º Craig Breen/James Fulton (Hyundai i20N Rally2), 1h44m41.0s
2º Miguel Correia/Jorge Carvalho (Skoda Fabia Evo), a 1.35.5
3º Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20N Rally2), a 3.48.2
4º José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroen C3), a 4.03.6
5º Pedro Almeida/Mário Castro (Skoda Fabia Evo), a 4.14.6
6º Lucas Simões/Nuno Almeida (Ford Fiesta R5 MK II), a 5.37.2
7º Paulo Neto/Nuno Mota Ribeiro (Skoda Fabia Evo), 7.25.8
8º Ernesto Cunha/Carlos Magalhães (Peugeot 208 Rally4), a 15.48.6
