Numa competição com outras personalidades famosas e de craveira internacional como Sébastien Loeb, Andreas Bakkerud, Petter Solberg, Timmy Hansen ou Guérlain Chichérit, o piloto da EKS sabe que o desafio é cada vez maior, mas que o foco está sempre colocado nos triunfos.
Motor24: Começámos esta nova temporada há pouco tempo e ainda vamos no seu início, mas, até aqui, como é que vê o equilíbrio de forças entre as equipas do campeonato?
Mattias Ekström: Até agora, estou surpreendido pela positiva por estar tudo tão renhido entre as equipas do mundial. Todos sabíamos que a Volkswagen seria competitiva porque eles dominaram os acontecimentos no ano passado e esperávamos que a Peugeot fosse competitiva, por chegarem aqui com a Peugeot Sport. Nós temos mais apoio da Audi Sport pelo que, quão perto conseguimos estar ou se podemos estar na frente é a questão. Depois temos as equipas privadas com o Hyundai e com o Prodrive Renault… Posso dizer que estamos mais perto do que eu esperava, pois pensava que seriam criados dois grupos, um mais rápido na frente e outro ligeiramente mais lento pouco atrás, mas neste momento parece que o andamento entre os carros de topo é muito idêntico. Muito impressionante.
M24: Este ano há um maior envolvimento da Audi Sport na EKS. Em que é que isso se reflete no carro?
ME: O carro é basicamente o mesmo do ano passado, mas melhoraram-se pequenos detalhes por todo o lado. A maior diferença está no motor, que tem mais potência. É certo que podemos sempre desejar mais potência e esse foi a grande melhoria do nosso lado. Agora, gostaria de pedir à Audi se para o ano poderíamos ter ainda mais potência, se for possível, mas estou tremendamente contente com o que temos. Encontrámos tempo por volta, o que é positivo.
M24: Quais são, na sua perspetiva, os principais rivais daqui até ao final do ano?
ME: Bem, o Johan [Kristoffersson] tem mais pontos na tabela, por isso é aquele que temos de apanhar. O Peter [Solberg] é o segundo, por isso, para mim não me interessa o nome. O piloto com mais pontos é aquele que tenho de apanhar ou bater para encurtar a distância. Talvez depois do fim de semana seja ele ou outro, mas nós temos sempre o objetivo de estar na frente.
M24: Este é um campeonato que tem agora mais construtores e equipas. Acredita que poderão vir mais?
M24: Sobre isso mesmo: acredita que a ausência de sonoridade e do ruído dos motores poderá ser negativa ou não atrair alguns adeptos nesta transição para a competição elétrica?
ME: Penso que não deve ser uma transição, mas sim um acréscimo. Deve-se manter o Rallycross mais ou menos como está aqui hoje e adicionar os carros elétricos. Deve-se pensar também em categorias mais baixas e como deverão ser no futuro.
M24: Quanto ao seu passado competitivo, com muitos anos no DTM, a passagem para o WRX obrigou a uma diferença grande no estilo de pilotagem?
ME: Temos de ser honestos ao dizer que estes carros são muito rápidos e temos de ser muito agressivos. [As pistas] são um misto de terra e asfalto e fazem com que seja muito divertido de pilotar. Mas ser competitivo é difícil em qualquer categoria: requer concentração, muito trabalho de casa e preparação. Penso que se deve ter a humildade de se dizer que cada categoria tem os seus próprios desafios, seja o DTM ou o Rallycross, ou qualquer outra. Mas a combinação de asfalto e terra é o principal desafio.
ME: Sim, é mais difícil por um lado, o que torna o desafio maior, uma vez que há uma maior variedade de pistas. Os circuitos convencionais são sempre de asfalto, quase sempre de pé a fundo, por vezes com barreiras de pneus, relva ou muros de betão à volta, mas aqui as superfícies mudam imenso ao longo do ano.
M24: Este ano são ainda mais os pilotos de renome no campeonato. Seria bom ter mais para ajudar a atrair ainda mais adeptos?
ME: Claro, mas também temos de ser sinceros ao dizer que estamos numa boa posição. Claro que gostaria de ter mais cinco ou seis pilotos de topo para o ano, porque penso que este desporto precisa de ter 20 pilotos de topo para atrair a atenção global.
M24: Os fins de semana do World RX obrigam também a dedicar muita atenção aos adeptos, que estão sempre muito perto da ação. É complicado manter a concentração?
M24: Por fim, o objetivo na época é o título?
ME: Sim, vencer, claro!
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