A mais recente prova do CPTT assentou arraiais na região Oeste de Portugal, com João Ramos a assumir a liderança logo desde os Prólogo, prova classificativa com pouco mais de sete quilómetros. Prestação menos feliz foi a de Tiago Reis, que procurava fechar as contas do campeonato logo nesta prova: uma saída de pista fê-lo perder tempo e entrar nos setores seletivos (SS) em busca do prejuízo.
No primeiro SS, Ramos voltou a ser mais forte. O piloto da Toyota ganhou uma vantagem confortável que lhe permitiu gerir no derradeiro dia de competição. Já Alejandro Martins, sentiu dificuldades quando ficou sem segunda velocidade no MINI, condição com que teve de lidar durante cerca de 100 quilómetros. Cumprindo a sua missão de recuperação, Tiago Reis subiu de sétimo (após o prólogo) para o terceiro posto no final da primeira etapa.
Na segunda e última etapa, os pilotos tinham de competir num setor com pouco mais de 130 quilómetros. Aí, Ramos optou por gerir a margem que tinha. Tiago Reis estava mais focado no campeonato e sabia que, se as posições se mantivessem, garantia o título. Mas imprimiu um andamento forte e isso valeu-lhe a vitória neste confronto. Na classificação geral, os três primeiros mantiveram as posições da véspera.
“A prova foi feita com um andamento forte mas, a dada altura, preocupámo-nos em gerir. Apesar desta gestão, nunca baixámos muito o ritmo. Não se pode. O que mais gostei nesta prova foi o primeiro setor. Muito técnico, com curvas e contracurvas. Adorei. Foi aí que dilatámos a vantagem. Isso deu-nos a capacidade de hoje, no último setor, com mais de três minutos de distância, controlar os nossos adversários. Conseguimos a vitória, que era o objetivo”, afirmou João Ramos.
“Arrancámos para o último dia em terceiro. Pudemos controlar os nossos adversários porque o que mais queríamos era conquistar já o campeonato. Conseguimos fazê-lo e ainda vencemos o último setor, algo que não pensei ser possível. Estou muito contente com a conquista do título e só tenho de agradecer à minha equipa. Sem eles não era possível. Estão todos de parabéns”, exclamou o novo campeão nacional de todo-o-terreno.Luis Recuenco, quarto, e Edgar Condenso, quinto, fecharam o lote dos cinco primeiros. David Spranger, com o seu Bombardier Can Am Maverick, fechou em sexto e venceu os T3. Sérgio Vitorino conseguiu terminar no “top-ten”, em oitavo, e ganhou entre os T8. Para fechar, nota para a vitória de Simão Comenda que foi o melhor concorrente com um carro mais próximo dos de série.
O Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno AM48 regressa dentro de quinze dias para disputar a sua derradeira etapa a Baja Portalegre 500.
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