Vodafone Rally de Portugal: tira-teimas nacional

27/05/2019

A dupla Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda Fabia R5) ocupa destacada a liderança do Campeonato de Portugal de Ralis
Vários candidatos à conquista do título nacional, empenhados em somar o maior número de pontos para o Campeonato de Portugal é um dos aliciantes do Vodafone Rally de Portugal.

A prova do ACP é a tradicional grande montra, pela visibilidade que proporciona e por abrir a porta a desempenhos mais arrebatadores no despique com adversários de outro patamar competitivo, como é o caso dos concorrentes do WRC2.

Todavia, a premente necessidade de garantir o máximo de pontos em termos de Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) tem sido «travão», nos últimos anos, de atuações mais despojadas, condicionadas pelo rigor das táticas.

O título, meramente honorífico, de «melhor português» continua no entanto a ser objetivo dos pilotos melhor apetrechados e que cumprem a totalidade do percurso do rali.

Em termos de CPR e a exemplo dos anos anteriores, a prova termina após Amarante-1, ou seja, no final da 10.ª classificativa, após 174,85 km ao cronómetro.

É um rali extenso, comparado com a maioria das provas tipo-sprint do calendário do CPR e, na edição deste ano, com o aliciante de a 1.ª etapa ser totalmente nova. O desconhecimento dos troços de Lousã, Góis e Arganil é fator desafiante para os pilotos do CPR, que apenas têm, de facto, direito a duas passagens nos reconhecimentos.

O dia inicial do rali ganha a forma de tira-teimas, após provas em que a maioria sabe de cor o traçado das classificativas.

A experiência internacional de Armindo Araújo e de Bruno Magalhães, ambos em Hyundai i20 R5 com nova decoração, pode pesar neste dia de regresso, 18 anos volvidos, a um palco mítico da história mundial dos ralis.

Líder Ricardo Teodósio aposta na vitória

O algarvio Ricardo Teodósio (Skoda Fabia R5) chega à 4.ª prova da temporada com dois triunfos (Serras de Fafe e Mortágua) e um 3.º lugar (Açores), resultados que lhe garantem a liderança do CPR.

A luta pela vitória entre os concorrentes do CPR promete ser renhida, mas o piloto da ARC Sport está moralizado e não tem meias palavras:

«Regresso ao Rally de Portugal para ganhar, depois do 3.º lugar em 2017 com o Mitsubishi Lancer Evo X»

Para o piloto do Algarve, «os novos troços da região Centro são um fator positivo, pois são especiais de bom piso e iguais para todos. Queremos andar depressa, mas com muita atenção, pois este é um rali bastante longo e difícil».

Ricardo Teodósio já desenhou a tática, idêntica à dos seus adversários:

«Primeiro, queremos fazer uma boa prova para o CPR; depois, logo se verá. Não depende só de mim e a minha mãe tem sempre a última palavra», gracejou o piloto do Skoda Fabia R5, aludindo à necessidade d eum apoio-extra para cumprir o rali até final.

José Pedro Fontes, em dupla com Inês Ponte no Citroën C3 R5 quer ir longe nesta edição do Vodafone Rally de Portugal

Plano semelhante tem José Pedro Fontes (Citroën C3 R5):

«Este é um rali diferente dos demais a vários níveis, embora o objetivo final seja o mesmo, isto é, garantir a vitória».

O piloto nortenho sublinha que «já demonstrámos, designadamente em Mortágua, que lutamos pelas vitórias e pela recuperação dos títulos».

Após o insucesso em Mortágua, quando tinha a vitória na mâo, José Pedro Fontes não vai ter facilidades patra recuperar o terreno perdido. Armindo Araújo e Bruno Magalhães, ambos em Hyundai; Miguel Barbosa (Skoda Fabia) e Pedro Meireles (VW Polo GTi R5) são adversários de respeito e com objetivos idênticos.

Apenas 11 concorrentes vão lutar pela conquista dos pontos do CPR. Diogo Salvi (Skoda Fabia R5) está de regresso com Paulo Babo, em tempo de que abandono das funções de navegador, ao cabo de três décadas a «cantar» notas; António Dias (Skoda Fabia R5) conta com o experiente Nuno Rodrigues da Silva no banco do lado direito, e Pedro Almeida (Skoda Fabia R5) completa o lote de nove pilotos do plantel nacional dos R5.

José Merceano (Mitsubishi Lancer Evo X) e Daniel Nunes (Peugeot 208 R2) , líder do CPR 2RM, com dois triunfos – Serras de Fafe e Mortágua – completam o lote de concorrentes do CPR inscritos no Vodafone Rally de Portugal.

Assim vai o campeonato

Pilotos/Absoluto

1.º Ricardo Teodósio, 70,68 pontos (3 provas)

2.º Ricardo Moura, 46,39 (2 provas)

3.º Miguel Barbosa, 39,82 (3 provas)

4.º Bruno Magalhães, 32 (2 provas)

5.º Armindo Araújo, 3194 (2 provas)

Pilotos/2 RM

1.º Daniel Nunes, 58,34 pontos (2 provas)

2.º Gil Antunes, 47,4 (3 provas)

3.º Hugo Lopes, 43,44 (3 provas)

Ver mais em:

https://www.rallydeportugal.pt/homepage.aspx?menuid=1

https://www.wrc.com/en/