007 – Missão Glickenhaus: O primeiro de uma nova era

07/11/2018

Do regulamento só se conhecem linhas mestras, está ainda muito pormenor por decidir, mas a verdade é que há quem acredite piamente no futuro do WEC e por isso já se ‘comprometeu’.

É o caso da Glickenhaus, que confirmou a entrada no WEC em 2020, competição que irá ter híper-carros baseados em automóveis de produção. A SCG mostrou o seu novo modelo, o 007. Como se sabe, a Glickenhaus, é um construtor que tem como lema ‘desfocar’ a linha existente entre um carro de corridas e um carro de estrada. A Glickenhaus Racing já anunciou que vai participar não só nas 24 Horas de Le Mans, mas em toda a temporada do WEC.

Recorde-se que os regulamentos ‘hypercar’ previstos para 2020/2021 têm neste momento aprovado apenas um esboço, que saiu da última reunião do Conselho Mundial da FIA. Fala-se em orçamentos de 25-30 milhões de euros anuais, para dois carros, sendo que a FIA pretende travar gastos adicionais de desenvolvimento. Ou seja, pode-se gastar mais em Marketing, mas não a desenvolver o carro.

Os construtores devem disponibilizar comercialmente aos privados sistemas híbridos homologados, a um custo fixo de 2 milhões de euros por temporada.

É elegível qualquer configuração e arquitetura do motor, mas com um limite de potência de 520kW (700 cv). Já os sistemas híbridos estão limitados a 200 kW (270 cv), e podem operar somente no eixo dianteiro. Haverá grande controlo face ao desenvolvimento aerodinâmico, estando previstas áreas ‘congeladas’ ao desenvolvimento, sendo que existirão ‘números’ para o máximo e mínimo apoio aerodinâmico.

Os novos carros de 2020/2021 serão mais rápidos que os atuais LMP2, sendo que estes poderão ver o seu andamento reduzido.

A nova regulamentação está pensada para funcionar a partir da temporada de 2020/21 e por um mínimo de cinco anos.

Os pneus terão fornecedor único, por uma questão de custos, e quanto a construtores fala-se da Toyota, Aston Martin, McLaren. BMW e Ferrari também participaram nos grupos técnicos de trabalho mas ainda não deram sinais de comprometimento, a Ford é uma incógnita.

Pelo que percebe, há ainda muitas dúvidas, quando à nova classe que substituirá os LMP1 híbridos atuais, uma categoria que entrou em processo de morte lenta depois da Audi e da Porsche se terem retirado no final de 2016 e 2017, deixando a Toyota a correr sozinha.