No caso da Aston Martin, o Vantage terá um equipamento específico para a sua função, sendo desenvolvido por uma equipa de engenheiros da marca em Gaydon, alterando diversos parâmetros no chassis e na aerodinâmica. Mas esse não será o único Aston Martin a desempenhar funções oficiais nas provas da Fórmula 1 em 2021, já que também o novo SUV desportivo, o DBX, será usado como carro médico para o caso de um acidente, transportando equipa médica e equipamento até ao local de forma rápida e segura.
As melhorias operadas no Vantage visaram, sobretudo, um ligeiro incremento prestacional, com um ganho de 25 CV na potência original para um total de 535 CV a partir de modificações feitas no V8 bi-turbo de 4.0 litros, o que lhe permite acelerar dos zero aos 100 km/h em menos de quatro segundos. O binário máximo de 685 Nm também pode agora ser mantido numa faixa de rotações mais ampla, enquanto o funcionamento da caixa de velocidades foi igualmente melhorado. Em termos aerodinâmicos, o retocado Vantage Safety Car ‘oferece’ 155,6 kg de carga aerodinâmica a 200 km/h, mais de 60 kg em comparação com o modelo de série em condições idênticas. A suspensão, direção e amortecedores foram igualmente trabalhados, com vista a uma maior precisão dinâmica e rigidez reforçada. Por fim, há ainda pneus de perfil mais baixo.
Como já é hábito nos safety cars, dispõe de uma barra no tejadilho de iluminação de alerta, com um perfil aerodinâmico para não ter impacto na aerodinâmica a alta velocidade. No interior, os bancos de série foram trocados por bacquets de competição aprovadas pela FIA com cintos de seis pontos, idênticos aos que se encontram nos carros de Fórmula 1. O tablier conta com dois ecrãs para oferecer imagens em direto da transmissão televisiva e informações diversificadas, como os tempos por volta e posicionamento em tempo real de todos os monolugares.
Já o DBX apresenta mudanças bem menos profundas, contando igualmente com decoração verde com apontamentos fluorescentes ‘Lime Green’ e barra luminosa LED no tejadilho. Recorre ao motor V8 bi-turbo de 4.0 litros, também encontrado no DB11, com 550 CV de potência e 700 Nm de binário, o que lhe permite acelerar dos zero aos 100 km/h em 4,5 segundos. O carro médico oficial da FIA tem de carregar uma série de equipamento, como um desfibrilhador, saco de equipamento médico e kit de tratamento de queimaduras, algo que a carrinha Mercedes-AMG C 63 S também terá de comportar.
Mercedes-AMG adota a cor vermelhaPassando para os carros da Mercedes-AMG, a grande novidade é a adoção da cor vermelha para a carroçaria, com a marca a admitir que se trata de uma tonalidade muito mais visível do que o prateado usado até aqui, mas que simbolizava a herança histórica das ‘flechas de prata’. Mais do que corresponder apenas à nova tonalidade de carácter da divisão desportiva Mercedes-AMG, evoca também a parceira da equipa de Fórmula 1, a CrowdStrike, líder em cibersegurança e parceira igualmente do Safety Car de 2021.
Quanto aos carros, pouco muda. O Safety Car será o Mercedes-AMG GT R, com motor V8 bi-turbo de 4.0 litros com 585 CV de potência e aerodinâmica ativa (dispondo do pacote de equipamento AMG Track Package), capaz de acelerar dos zero aos 100 km/h em 3,6 segundos e atingir os 318 km/h de velocidade máxima. Já o carro médico volta a ser o AMG C 63 S Estate, com 510 CV de potência e opcional de travões em carbo-cerâmica para maior capacidade de paragem.
Bernd Maylander será sempre o piloto do Safety Car, seja ele o Aston Martin ou o Mercedes-AMG, enquanto Alan van der Merwe desempenha igual papel no carro médico.
Recorde-se que a Mercedes-AMG é a fornecedora dos Safety Cars da Fórmula 1 desde 1996, passando já por diversas gerações e modelos.
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