Ricardo Moura e António Costa formaram a dupla portuguesa melhor classificada, mas o 2.º lugar final, a 8,4 segundos do vencedor, teve sabor amargo, não compensado, decerto, pela subida à liderança do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), graças ao triunfo neste domínio, uma vez que o piloto açoriano não tem este ano, tal como na época transata, um programa completo.
«No último troço tentei recuperar a diferença e chegar à vitória. Não era tarefa fácil até porque queria terminar o rali e qualquer excesso poderia deitar tudo a perder», referiu Ricardo Moura.
Para o o piloto açoriano, «o tempo que perdemos nos troços desta manhã ditou o segundo lugar da geral, mas o primeiro do CPR. Estamos muito contentes com o trabalho que fizemos», acrescentou.
O britânico Chris Ingram (3.º), completou um pódio totalmente Skoda.
Em termos de CPR, Bruno Magalhães e Hugo Magalhâes alcançaram um bom lugar (2.º) concretizado «quando as condições ficaram mais duras. Só então pudemos atacar e garantir o resultado que precisávamos para o campeonato. Estivemos sempre a evoluir o carro em todos os parques de assistência e acho que demos um passo em frente em termos de setup e de performance», referiu o piloto do Hyundai i20.À partida para a derradeira e mais extensa etapa, o russo Alexey Lukyanuk (Citroën C3) parecia um líder tranquilo, resguardado por vantagem apreciável – 40,1 segundos — para Ricardo Moura.
Mas, Graminhais e Tronqueira foram, uma vez mais, um palco trágico para o russo Alexey Lukyanuk. O campeão europeu furou na penúltima especial e perdeu mais de meio e meio; mas o pior sucedeu na última especial, quando rebentou um tubo dos travões do C3 e o despiste, aparatoso, foi inevitável, felizmente sem consequências de ordem física para piloto e e navegador.
Após uma manhã repleta de problemas, que lhe custaram a descida da vice-liderança para a 3.ª posição e, eventualmente, a repetição do triunfo alcançado em 2016, Ricardo Moura ficou muito perto de repetir o brilharete. O piloto do Skoda Fabia inicio a manhã com 6,0 segundos de vantagem para Lukasz Habaj e acabou por terminar a 8,4 segundos do vencedor.
De qualquer modo, Ricardo Moura ascendeu à liderança do CPR, por troca com Ricardo Teodósio, que fez uma boa operação em termos de campeonato.
«O terceiro lugar no CPR acabou por ser o melhor resultado possível», sublinhou Ricardo Teodósio. «Queríamos ter feito melhor, mas tenho de assumir escolhas menos acertadas. Um toque no primeiro troço acabou por complicar tudo, alguns piões, opções de set up e de pneus pouco felizes acabaram por ditar este resultado», explicou Ricardo Teodósio.
«Só me senti bem no último dia, mas mesmo assim conseguimos minimizar os estragos», acrescentou o piloto do Skoda, que assinou três vitórias em especiais.
O piloto da Hyundai mostrou-se forte e determinado e não cedeu o 4.º final, terminando com 17,1 segundos de vantagem para o algarvio, retirando o máximo do rendimento do i20.
O prémio foi, sem dúvida, a subida de 5.º para 3.º lugar em termos de campeonato.
«Foi uma experiência que nunca mais vou esquecer e uma verdadeira aventura, essencialmente na parte final da prova, em que a ARC Sport fez um trabalho fantástico para que fosse possível alcançar este resultado», referiu Miguel Correia.
No lugar seguinte, terminou António Dias (Skoda Fabia).
A dupla Pedro Antunes/Paulo Lopes (Peugeot 208 R2), do FPAK Portugal Team ERC, não teve uma prova fácil e terminou no 4.º lugar do ERC3.
Com o 2.º lugar alcançado no CPR 2 RM, repetindo o resultado alcançado no Rali Serras de Fafe, a dupla Hugo Lopes/Nuno Mota (Peugeot 208 R2) ascendeu à liderança do CPR 2RM.
Classificação CPR
1.º Ricardo Moura, 46,72 pontos
2.º Ricardo Teodósio, 44,51
3.º Bruno Magalhães, 32
4.º Miguel Barbosa, 21,14
5.º Miguel Correia, 16
6.º José Pedro Fontes, 14
7.º António Dias, 13
8.º Armindo Araújo, 11,52
9.º Gil Antunes, 10
10.º Hugo Lopes, 9
Ver mais em:
www.azoresrallye.com/pt-pt/
www.fpak.pt/
www.fiaerc.com
Próxima prova: Rali de Mortágua, dias 3 e 4 de maio