Açores Rallye: Da surpresa Lukasz Habaj ao sabor amargo doce de Ricardo Moura

23/03/2019

A dupla Ricardo Moura/António Costa (Skoda Fabia) imoôs-se no CPR e foi a melhor equipa portuguesa ao terminar no 2.º lugar da geral
A dupla Ricardo Moura/António Costa (Skoda Fabia) terminou no 2.º lugar da geral e impôs-se no CPR, que passou a liderar
À 3.ª foi de vez — desistira em 2017 e foi 7.º no ano passado — e o pluricampeão polaco Lukasz Habaj estreou-se, com surpresa, a vencer o Azores Rallye, prova decidida, uma vez mais, nas derradeiras classificativas do Nordeste da ilha de S. Miguel.

Ricardo Moura e António Costa formaram a dupla portuguesa melhor classificada, mas o 2.º lugar final, a 8,4 segundos do vencedor, teve sabor amargo, não compensado, decerto, pela subida à liderança do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), graças ao triunfo neste domínio, uma vez que o piloto açoriano não tem este ano, tal como na época transata, um programa completo.

«No último troço tentei recuperar a diferença e chegar à vitória. Não era tarefa fácil até porque queria terminar o rali e qualquer excesso poderia deitar tudo a perder», referiu Ricardo Moura.

Para o o piloto açoriano, «o tempo que perdemos nos troços desta manhã ditou o segundo lugar da geral, mas o primeiro do CPR. Estamos muito contentes com o trabalho que fizemos», acrescentou.

O britânico Chris Ingram (3.º), completou um pódio totalmente Skoda.

Bruno Magalhães e Hugo Magalhães (Hyundai i20) ascenderam ao 3.º lugar do CPR

Em termos de CPR, Bruno Magalhães e Hugo Magalhâes alcançaram um bom lugar (2.º) concretizado «quando as condições ficaram mais duras. Só então pudemos atacar e garantir o resultado que precisávamos para o campeonato. Estivemos sempre a evoluir o carro em todos os parques de assistência e acho que demos um passo em frente em termos de setup e de performance», referiu o piloto do Hyundai i20.

À partida para a derradeira e mais extensa etapa, o russo Alexey Lukyanuk (Citroën C3) parecia um líder tranquilo, resguardado por vantagem apreciável – 40,1 segundos — para Ricardo Moura.

Mas, Graminhais e Tronqueira foram, uma vez mais, um palco trágico para o russo Alexey Lukyanuk. O campeão europeu furou na penúltima especial e perdeu mais de meio e meio; mas o pior sucedeu na última especial, quando rebentou um tubo dos travões do C3 e o despiste, aparatoso, foi inevitável, felizmente sem consequências de ordem física para piloto e e navegador.

Após uma manhã repleta de problemas, que lhe custaram a descida da vice-liderança para a 3.ª posição e, eventualmente, a repetição do triunfo alcançado em 2016, Ricardo Moura ficou muito perto de repetir o brilharete. O piloto do Skoda Fabia inicio a manhã com 6,0 segundos de vantagem para Lukasz Habaj e acabou por terminar a 8,4 segundos do vencedor.

De qualquer modo, Ricardo Moura ascendeu à liderança do CPR, por troca com Ricardo Teodósio, que fez uma boa operação em termos de campeonato.

Ricardo Teodósio e José Teixeira (Skoda Fabia) completaram o pódio do CPR

O piloto algarvio travou duelo animado com Bruno Magalhães em particular no último dia, venceu à geral três das cinco classificativas, mas não conseguiu os seus intentos e desceu para vice-liderança do CPR.

«O terceiro lugar no CPR acabou por ser o melhor resultado possível», sublinhou Ricardo Teodósio. «Queríamos ter feito melhor, mas tenho de assumir escolhas menos acertadas. Um toque no primeiro troço acabou por complicar tudo, alguns piões, opções de set up e de pneus pouco felizes acabaram por ditar este resultado», explicou Ricardo Teodósio.

«Só me senti bem no último dia, mas mesmo assim conseguimos minimizar os estragos», acrescentou o piloto do Skoda, que assinou três vitórias em especiais.

O piloto da Hyundai mostrou-se forte e determinado e não cedeu o 4.º final, terminando com 17,1 segundos de vantagem para o algarvio, retirando o máximo do rendimento do i20.

O prémio foi, sem dúvida, a subida de 5.º para 3.º lugar em termos de campeonato.

Boa nota ainda para o jovem Miguel Correia, em dupla com Pedro Alves, que colocou o Ford Fiesta na 4.ª posição do CPR (11.º lugar da geral).
Miguel Correia (Ford Fiesta) com Pedro Alves, rubricou atuação de bom nível e foi 4.º classificado no CPR

«Foi uma experiência que nunca mais vou esquecer e uma verdadeira aventura, essencialmente na parte final da prova, em que a ARC Sport fez um trabalho fantástico para que fosse possível alcançar este resultado», referiu Miguel Correia.

No lugar seguinte, terminou António Dias (Skoda Fabia).

A dupla Pedro Antunes/Paulo Lopes (Peugeot 208 R2), do FPAK Portugal Team ERC, não teve uma prova fácil e terminou no 4.º lugar do ERC3.

Paulo Neto e Vítor Hugo (Citroën Ds3 R3T Max) conquistaram pontos signifactivos nas 2 RM

Com o 2.º lugar alcançado no CPR 2 RM, repetindo o resultado alcançado no Rali Serras de Fafe, a dupla Hugo Lopes/Nuno Mota (Peugeot 208 R2) ascendeu à liderança do CPR 2RM.

A dupla Paulo Neto/Vítor Hugo levou o Citroën DS3 RT3 Max ao pódio e subiu ao 2.º lugar em termos de CPR ” RM, após «um rali em que tivemos alguns problemas: um furo logo ao terceiro troço, várias ligeiras saídas de estrada, já que tínhamos dificuldades em inserir o carro nas curvas lentas mais fechadas», explicou Paulo Neto, que teve problemas de diferencial no início da 2.ª etapa.

 

 

 

Classificação CPR

1.º Ricardo Moura, 46,72 pontos

2.º Ricardo Teodósio, 44,51

3.º Bruno Magalhães, 32

4.º Miguel Barbosa, 21,14

5.º Miguel Correia, 16

6.º José Pedro Fontes, 14

7.º António Dias, 13

8.º Armindo Araújo, 11,52

9.º Gil Antunes, 10

10.º Hugo Lopes, 9

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www.fiaerc.com

Próxima prova: Rali de Mortágua, dias 3 e 4 de maio