A primeira aventura do Dakar na Arábia Saudita chegou ao final esta manhã com a realização da derradeira etapa, encurtada, mas que no final teve em Ricky Brabec (Honda) e Carlos Sainz (MINI) os grandes vencedores nas categorias de Motos e Automóveis, respetivamente.

Numa edição que fica marcada pelo trágico acidente de Paulo Gonçalves (Hero), quando o piloto português procurava recuperar posições depois de um percalço mecânico logo à terceira etapa, foi Brabec a vencer nas duas rodas, quebrando um jejum para a Honda que já durava há 18 anos, nos quais foi a KTM sempre a levar a melhor. Foi também o primeiro americano a vencer uma edição desta histórica competição.

“No final, as peças do puzzle acabaram por se encaixar. Não o teríamos conseguido sem todos os pilotos da equipa. Estou muito contente”, sublinhou, em declarações ao site oficial do Dakar. “Este é o meu quinto Dakar, o segundo em que termino. Acordei esta manhã apenas satisfeito por poder pilotar no último dia. Não há uma estrela na equipa, todos trabalhámos em conjunto. Somos uma família e todos ganhámos”, disse o norte-americano, que tem em Hélder Rodrigues o principal conselheiro e Ruben Faria um dos diretores da equipa.

No segundo lugar, já a 16m26s do vencedor, ficou Pablo Quintanilla (Husqvarna), naquele que foi o melhor resultado em oito participações no Dakar, cabendo a Toby Price (KTM) o lugar mais baixo do pódio, este já a 24m06s.

Entre os portugueses, António Maio (Yamaha) foi o melhor, no 27º lugar da classificação geral, um resultado muito positivo, pouco à frente de Fausto Mota (Husqvarna), que foi o 31º e de Mário Patrão (KTM), que foi o 32º da geral.

Nos automóveis, a batalha pelo triunfo foi renhida e coube ao espanhol Carlos Sainz (MINI) o lugar mais alto do pódio, batendo Nasser Al-Attiyah (Toyota) por 6m21s. Já aquele que é considerado como o Sr. Dakar, Stéphane Peterhansel (MINI), navegado por Paulo Fiúza, ficou com o terceiro posto da classificação geral, a 9m58s do vencedor.

“Estou muito feliz. Há muito esforço por detrás desta conquista. Muitos treinos, muitos testes, esforço físico, com a equipa… Começámos a ganhar este Dakar logo no primeiro dia e viemos gás a fundo desde o princípio”, disse Carlos Sainz, citado pelo site oficial da competição.

A última especial das 12 que fizeram o Rali Dakar deste ano foi encurtada. Dos 374 quilómetros previstos, apenas se realizaram 167.