M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os automóveis elétricos de corridas já estão a invadir cada vez mais palcos, e em breve vai preparar-se para conquistar os desertos do Rali Dakar. Alejandro Agag, fundador da Fórmula E, prepara-se para acrescentar um segundo campeonato ao seu portefólio de competições de carros elétricos, a Extreme E Series, com protótipos de todo-o-terreno semelhantes aos que são usados no Dakar, mas com motores elétricos.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Um carro elétrico já participou no Dakar em 2017. O Acciona 100% Eco Powered conseguiu terminar a prova o ano passado, tornando-se o primeiro veículo na história do Dakar a chegar ao fim sem emitir um único grama de dióxido de carbono. O protótipo construído em Espanha tinha sido testado em 2016 em provas da Taça do Mundo de TT, como o Rali de Marrocos. Estava equipado com seis baterias, para um total de 150 kWh de capacidade, e com um painel solar no tejadilho, cuja área de 250 cm2 gerava 100 Wh de energia. O motor elétrico tinha 250 kW (340 cv) de potência máxima, de resto era igual a qualquer protótipo da categoria principal, com chassis tubular, carroçaria de fibra de carbono, suspensão regulável.

O Acciona não será a base para a Extreme E, que deverá ter o apoio técnico da McLaren para desenvolver os carros, já que o nome de Gil de Ferran, novo chefe da equipa de Fórmula 1, foi avançado como associado a esta nova proposta de Alejandro Agag. O mais provável é que o formato de prova seja mais semelhante tanto à Fórmula E como à Fórmula Off Road americana que com as provas de TT que conhecemos na Europa, mas a troca de tecnologia com o Dakar vai passar a ser possível. O novo campeonato de carros elétricos TT está previsto para arrancar em 2020, podendo assim antecipar-se à eletrificação prevista do World Rallycross para ser o primeiro campeonato de carros elétricos a correr em terra.