Em final de ano, a Team Caetano Racing juntou patrocinadores, convidados e jornalistas para um evento em que deu a sentir as emoções de estar a bordo da Toyota Hilux de competição, com João Ramos a mostrar essa sua característica tão intrínseca a muitos pilotos: se é para dar andar, é para andar a sério…
Daí que num pequeno traçado em formato de oito desenhado na Quinta da Bacalhôa, muito rápido e com algumas zonas técnicas mais interessantes, Ramos tenha andado sempre como sabe – depressa. Nalgumas ocasiões, algumas partes da Hilux também se queixaram…
Sem plano definido para 2018
Para a próxima temporada, João Ramos ainda não tem o seu plano definido, mas o piloto deixa, desde logo, a sua garantia: “o objetivo é, em qualquer que seja o projeto que faça, ganhar”.
Adiantando que o “programa ainda não está fechado”, o piloto do Toyota com o número 72 está confiante na concretização de um projeto que lhe dê garantias de lutar por triunfos.“Não sei concretamente qual o calendário do campeonato de todo-o-terreno, porque ainda não saiu. Também estou na expectativa para saber que alterações é que vão existir no campeonato, pois havia muitos pontos no meu entender que deveriam ser melhorados, outros até eliminados. Falei com a Federação [Portuguesa de Automobilismo e Karting] sobre isso, dei a minha opinião e sugeri soluções. Devemos apenas dar opiniões e colaborar para que tudo seja melhor. Efetivamente, estou à espera de tudo isto e preparo-me para me lançar, com certeza, estarei cá presente, farei algumas provas em Espanha e também tenho de fechar o processo com os patrocinadores para saber até onde posso ir, de preferência além-fronteiras”, referiu o piloto em declarações ao Motor24.
Dakar ou Africa Race?
Pegando nesta questão, João Ramos admite que o Dakar é uma prova mítica, mas que, por uma questão até de custos, a participação no Africa Race teria de ser prioridade.
“O Dakar claro que seduz. Mas, acho que antes do Dakar, farei certamente um Africa Race. Acho que não é preciso apostar logo no Dakar, que é extremamente caro. Esse é outro fator. Não quero estar um ano parado para poder fazer um Dakar, mas a verdade é que uma prova dessas custa mais do dobro do que os campeonatos que fazemos, quer em Portugal, quer em Espanha. Por isso, é preciso alcançar também esses apoios. Agora, como expectativa, para o futuro, gostaria de a fazer”, explica Ramos, que também falou sobre as diferenças entre a competição em circuito e em trilhos de terra batida.
Nesta ‘prova’ de todo-o-terreno realizada na margem Sul, também houve tempo para uma surpresa com o Engenheiro José Ramos, presidente da Toyota Caetano Portugal S.A. a assumir o volante da Hilux de competição para guiar alguns dos convidados pelo percurso.
Depois de uma explicação do filho sobre alguns dos principais comandos do carro, José Ramos assumiu a responsabilidade, com João a admitir que tem “total confiança e que é fácil entregar-lhe o carro. Ele porta-se lindamente. Já tem muita experiência e fez algumas provas. Chegou a fazer uma corrida de Toyota Starlet Iniciados, na altura ensinei-lhe também uns truques. Depois, fez também uma corrida de todo-o-terreno, no Land Cruiser e também no Rav-4. Chegámos também a treinar em Baltar, onde lhe ensinei a travar com o pé esquerdo”.
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