M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
De onde vêm os pilotos de Fórmula 1? Nos primeiros anos da sua carreira, têm que passar pelas fórmulas de promoção, um pouco como ser juvenis ou juniores numa equipa de futebol. É nestas categorias que os futuros campeões de F1 aprendem os truques necessários para extrair o máximo de performance do seu carro. E em 2019 esta escola ganha novos equipamento, com a chegada da nova geração do Fórmula 3.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Depois de vários anos de confusão com muitas “escolas privadas” com níveis diferentes de certificação, a FIA resolveu simplificar a escada de acesso à Fórmula 1, começando com as corridas nacionais de F4 (escola primária), quando ainda têm menos de 18 anos de idade, depois passando para a F3 (ensino secundário), onde podem escolher entre a competição internacional e as regionais, e depois na F2 (universidade), o último degrau antes de chegar à F1.

Em 2019, a nova escada de acesso fica finalmente pronta. O Campeonato FIA de Fórmula 3 vai ser a variante internacional desta disciplina (a Europa vai ter um campeonato regional), acompanhando a maioria das rondas europeias de Fórmula 1, com o final da temporada ao mesmo tempo da prova de encerramento do Mundial, no GP de Abu Dhabi. Tal como todas as outras disciplinas de aprendizagem da FIA, vai ter um carro único e igual para todos os pilotos, permitindo desenvolver as capacidades de pilotagem, em vez de depender de vantagens mecânicas, para fazerem a diferença como campeões.

Substituindo o GP3, o carro internacional da F3 continua a ser construído pela firma italiana Dallara, equipado com um motor 3.4 V6 de 380 cv fornecido pela empresa Mecachrome, que também tem uma divisão de aviação. Esta potência é ligeiramente inferior à do GP3, mas superior em 100 cv aos antigos Fórmula 3 que acompanhavam o DTM, o que lhe permite atingir os 200 km/h em apenas 7,7 segundos. O carro já cumpre os novos requisitos de segurança que vão entrar em vigor no próximo ano, e aguenta uma força de 2,6 G a curvar.

Para os pilotos, é aqui que aprendem a afinar os carros ao pormenor, pois um pequeno erro pode custar um décimo de segundo, e cair dez lugares na grelha de partida para a corrida, a diferença entre tornarem-se campeões e simplesmente encherem a grelha de partida. A aerodinâmica está otimizada para facilitar as ultrapassagens, mas o piloto vai ter que trabalhar com o engenheiro para extrair mais velocidade, trabalhando com a sensibilidade da altura ao solo e as várias possibilidades de afinação da suspensão.

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.