A terceira etapa do Dakar trouxe consigo um regresso aos triunfos por parte da Audi nos Automóveis, quebrando um jejum de triunfos que já durava há quase quatro décadas, mas também um momento histórico para Joaquim Rodrigues e a Hero, com estes a conseguirem triunfar pela primeira vez no Dakar.

Começando precisamente pelo piloto português, Rodrigues sobressaiu nesta etapa, terminando a classificativa com 1m03s de vantagem sobre o australiano Toby Price (KTM) e 1m14s sobre o americano Mason Klein (KTM). Foi um momento histórico para a Hero, que obtém a sua primeira vitória em especiais de classificação do Dakar, dando mais um sinal de progresso para esta marca que se tem vindo a aventurar na prova de resistência.

O segundo português melhor colocado na tirada foi Rui Gonçalves (Sherco) com o 23º lugar, gastando mais 9m24s do que o seu compatriota da Hero. Já António Maio (Yamaha) terminou no 31º lugar, levando mais 16m05s a cumprir a classificativa.

Mário Patrão (KTM) ficou com a 47ª posição no dia, com mais 30 minutos do que o vencedor, com Arcélio Couto a ser o 80º, Alexandre Azinhais o 86º e Pedro Bianchi Prata o 116º. O moçambicano Paulo Oliveira ficou um pouco mais atrás, no 121º posto.

Na geral, Sam Sunderland (GasGas) mantém a liderança conquistada ontem, seguido por Adrien Van Beveren (Yamaha), havendo entre os dois primeiros apenas quatro segundos de diferença. Matthias Walkner (KTM) está na terceira posição, com 1m30s de diferença para o líder.

Quanto aos portugueses, Joaquim Rodrigues é o melhor classificado, na 17a posição, a 37m43s do líder Sunderland, com António Maio a ser o 29º melhor, a 1h13m20s da frente da corrida. Rui Gonçalves é o 42º, Alexandre Azinhais o 72º, Mário Patrão o 79º, Arcélio Couto o 85º e Bianchi Prata o 90º.

Nos Autos, a Audi conseguiu o seu primeiro objetivo desta participação no Dakar. Apesar de estar praticamente arredada da luta pelo triunfo na classificação, geral, a marca alemã mantém-se em prova com o intuito de fazer evoluir a tecnologia híbrida/elétrica dos RS Q e-tron com que alinha. Neste sentido, Carlos Sainz alcançou o primeiro triunfo para um carro de energias alternativas e o seu 40º em tiradas do Dakar. Um pecúlio imponente do ex-campeão de ralis que continua a fazer valer a sua experiência nos ralis de resistência. Igualmente, também há 37 anos que a Audi não vencia uma etapa do Dakar, então num feito alcançado por Bernard Darniche.

Sainz bateu Henk Lategan (Toyota) por apenas 38 segundos, mas vale a pena notar que os outros dois Audi ficaram entre os cinco primeiros, com Stéphane Peterhansel na terceira posição da classificativa e Mattias Ekström em quinto, com Nani Roma (BRX Hunter) pelo meio, na quarta posição.

Desta feita, Nasser Al-Attiyah (Toyota) foi apenas o oitavo da etapa, mas conseguiu ampliar sobremaneira a sua liderança na classificação geral sobre Sébastien Loeb (BRX Hunter), que não foi além da 38a posição numa etapa claramente negativa para o francês. A diferença entre ambos é agora de 37m40s e começa a parecer que apenas um azar ou problema mecânico poderão retirar a Al-Attiyah uma nova glória no Dakar.

A dupla portuguesa Miguel Barbosa/Pedro Velosa (Toyota) terminaram a etapa no 47º lugar, gastando mais 43m41s do que o tempo de Sainz. Com este resultado, a dupla sobe agora ao 44º lugar da classificação geral, dando assim continuidade à receita de cautela e segurança prescrita pelo piloto ainda antes da partida para a Arábia Saudita com vista ao objetivo de terminar a prova.

Nos SSV, novo triunfo para Austin Jones (Can-Am), com Rui Oliveira e Fausto Mota (CRN Competition Team) a terminarem a etapa na 29a posição, ao passo que a dupla Luís Portela Morais/David Megre (BP Ultimate SSV Team) teve hoje mais um dia difícil, terminando no 39o lugar. Na classificação geral caíram agora para o 14º lugar, estando a dupla Oliveira/Mota no 21º posto.

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