Paulo Gonçalves: “Será certamente um Dakar sem descanso para os pilotos”

24/11/2016

Paulo Gonçalves tem sido um dos mais destacados pilotos lusos do Dakar, nos últimos anos, e naquele que será a sua 11.ª participação na maior prova de Todo-o-Terreno do Mundo, a fasquia volta a estar no seu ponto mais alto. Paulo Gonçalves volta a enfrentar pela 11.ª vez a maior prova de Todo-o-Terreno do mundo, mantendo-se igualmente aos comandos de uma Honda CRF 450 Rally da equipa Monster Energy Honda Team e nem uma prova que se antevê como a mais difícil de sempre afastam o objetivo do piloto português, segundo classificado em 2015, que aponta uma vez mais à vitória final.

A prova arranca já no próximo mês de janeiro de 2017, com a primeira etapa a ter lugar no dia 2 (segunda-feira) entre a capital paraguaia de Assunção e Resistencia. Um total de 12 etapas a perfazerem cerca de 9.000 quilómetros com passagem por três países sul-americanos (Paraguai, Bolívia e Argentina), dos quais mais de metade serão disputados a contrarrelógio, alguns deles a mais de 3.500 metros de altitude.

Paulo Gonçalves: “Temos a certeza absoluta de que este Dakar vai ser mesmo muito difícil, bem mais difícil do que aquilo que já foi em anos anteriores, vamos ter praticamente metade da corrida feita em grande altitude, meia semana de competição, seis dias de corrida, onde nunca vamos baixar dos 3.500 metros, vamos inclusive ter uma etapa que vai tocar os 5.000 metros, 4.900 para ser mais preciso. Isso irá causar certamente muita dificuldade aos pilotos, dores de cabeça, lentidão na forma de pensar, um desgaste físico muito grande porque para além de estarmos a competir a 4.800 metros em alguma situação em descanso nunca baixaremos dos 3.500 durante essa semana. Para além disso também temos etapas que vão tocar os 1.000 quilómetros entre troço cronometrado e ligação e tudo isso são dificuldades acrescidas, será certamente um Dakar sem descanso para os pilotos, é importante chegar lá o melhor preparado possível, fazer uma boa aclimatação de forma a tentar sofrer o menos possível porque sofrer de certeza que vamos sofrer de alguma maneira mas pelo menos tentar reduzir essa dificuldade ao máximo de forma a poder render e estar permanentemente na luta pela vitória final que esse é obviamente o principal objetivo de um baixo leque de pilotos do qual me incluo e os pilotos da equipa Monster Energy Honda Team também.”

José Luis Abreu/AutoSport