M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os carros de corrida são mais seguros que nunca, mas o aumento de velocidade resulta inevitavelmente em novos acidentes com consequências mortais. Como resposta aos acidentes mortais de Jules Bianchi na Fórmula 1 e de Justin Wilson na IndyCar, a primeira reagiu com o sistema de proteção conhecido como halo, e a segunda respondeu agora com o aeroscreen, que vai ser estreado em 2020.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A ideia é proteger o condutor do impacto de objetos estranhos, com o halo a consistir numa estrutura metálica de três pontos montada em volta do habitáculo. Apesar de ter sido criticada por ser inestética num monolugar, já provou ser eficaz a deter objetos e não afeta a visibilidade do condutor. A Red Bull tinha proposto um visor de grandes dimensões, mas foi criticado por bloquear a visão com as vibrações do carro sobre o asfalto. Mas a sua divisão Red Bull Advanced Technologies não desistiu da ideia e estas agora vão ser usadas no IndyCar.

Ao contrário do que aconteceu na F1, os testes preliminares feitos com os carros da IndyCar não demonstraram problemas de visibilidade. A Red Bull criou um design que consiste num ecrã de policarbonato laminado, revestido com uma camada anti-refletora, mas que ainda não é imune a sujidade, pelo que será necessário colocar películas removíveis no exterior. A Dallara, construtora dos chassis usados por todas as equipas, prometeu instalar um sistema de ar condicionado para impedir embaciamento no interior. O visor Aeroscreen está montado em três pontos e conecta com o arco de proteção atrás da caeça do piloto, e terá a mesma resistência do halo a impacto (150 kilonewtons), o que deverá ser suficiente para desviar um pneu solto.

 

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