A categoria dos hipercarros foi criada pelos organizadores da prova francesa e pela Federação Internacional do Automóvel para substituir os protótipos LMP1 por automóveis que sejam parecidos com os que as marcas usam na estrada. Por isso, vão ser obrigados a construir 20 unidades para venda ao público. A ideia é que todos iam ser híbridos, mas este sistema já não é obrigatório. Mesmo assim, será uma vantagem, pois o motor elétrico de 200 kW vai garantir que os hipercarros de Le Mans vão ter tração às quatro rodas, 750 cv de potência total e aderência adicional nas curvas rápidas, a partir dos 120 km/h. O peso mínimo vai ser de 1200 cv e os sistemas de segurança terão que ser partilhados com automóveis de estrada.
As primeiras marcas a confirmar a sua presença na nova categoria de hipercarros são a Aston Martin e a Toyota, com estreia marcada para a temporada de 2020/21, que termina nas 24 Horas de Le Mans. A Aston Martin vai voltar a lutar pela vitória à geral, que conquistou pela única vez em 1959, com o Aston Martin Valkyrie, feito em conjunto com a equipa Red Bull de F1 e a Cosworth. Quanto à Toyota Gazoo Racing, o novo Toyota GR Super Sport transporta para a estrada a mesma tecnologia que a levou à vitória em Le Mans o ano passado com o protótipo TS-050.
A McLaren é um nome que tem sido avançado como potencial aderente aos hipercarros, mas ainda não confirmou a sua presença. A marca britânica venceu Le Mans pela única vez em 1995. A Oreca, empresa especializada em produtos para competição automóvel, não costuma fazer carros de estrada, mas revelou o seu interesse na nova regulamentação técnica, potencialmente em associação com outra marca. E a Ferrari e a Porsche, as marcas mais aguardadas pelo público, continuam em silêncio.
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