Na senda da reorganização estrutural do Grupo Renault, anunciada na sexta-feira, que criará diferentes rumos para cada uma das suas marcas, a Alpine irá assumir o lugar da Renault na Fórmula 1, numa medida que tem mais de marketing do que de verdadeira transformação técnica.
“Ao denominar a sua equipa de Alpine a partir de 2021, o Grupo Renault decidiu colocar as cores da excelência francesa no coração da Fórmula 1”, lê-se em comunicado emitido pela marca, cujos “recordes e sucessos são já reconhecidos da [modalidade de] resistência e ralis”.
Ou seja, o nome do chassis será Alpine, aproveitando a Renault para dar mais força a esta sua marca de automóveis desportivos, mas a equipa irá continuar a contar com a tecnologia híbrida V6 da Renault, denominada E-Tech.
De acordo com Luca De Meo, CEO do Grupo Renault, “a Alpine é uma bela marca, forte e vibrante, que cola um sorriso na face dos adeptos. É uma marca de sonho, que vai ombrear com os maiores nomes do desporto automóvel, para realizar corridas espetaculares para os verdadeiros apaixonados. A Alpine levará até ao paddock da Fórmula 1 os seus valores: elegância, engenho e audácia”.
O líder da equipa continuará a ser Cyril Abiteboul, que também terá a seu cargo os destinos da marca para os modelos de estrada.
“O novo quadro regulamentar e financeiro de 2022 com a aplicação do limite orçamental (‘budget cap’), colocará um ponto final no aumento das despesas e poderá valorizar melhor os méritos desportivos das equipas. A Alpine tem lugar na Fórmula 1 e com ambições de poder vencer”, afirmou o responsável da equipa francesa.