Replicando o que se verificou no GP do Bahrein, a Red Bull dominou por completo o GP da Arábia Saudita, segunda prova da temporada de Fórmula 1, com Sergio Pérez a garantir a vitória à frente de Max Verstappen, que partiu da 15ª posição. Fernando Alonso (Aston Martin) regressou aos pódios, após uma sequência confusa de penalizações impostas pelos Comissários Desportivos terem atirado o espanhol para o quarto lugar, apenas para depois ser ‘recolocado’ no pódio.

A luta pelo triunfo teve pouca história, com Pérez a partir da pole position uma vez que os problemas mecânicos de Verstappen atiraram-no para o 15º lugar na sessão de qualificação. Na partida, Fernando Alonso, que era o segundo na grelha, ainda assumiu a liderança, mas assim que o DRS foi ativado, o mexicano não teve problemas em ultrapassar o Aston Martin, partindo depois para uma liderança que apenas teve como ameaça o momento em que o safety car foi chamado à pista para remover o Aston Martin de Lance Stroll, que até tinha o seu carro praticamente imobilizado fora da zona de perigo.

Ainda assim, com o reagrupamento do pelotão, Verstappen ficou logo atrás de Alonso e de George Russell (Mercedes), ultrapassando-os rapidamente para se posicionar em segundo lugar, numa distância que se manteve entre os quatro e os cinco segundos.

Ainda assim, Pérez não fraquejou e manteve o comando para vencer a prova, enquanto Verstappen, que fez também a volta mais rápida, manteve a liderança do Mundial de Pilotos, com 44 pontos contra 43 de Pérez.

A velocidade dos Red Bull voltou a ser alarmante, com os carros de Milton Keynes a serem mais de um segundo mais rápidos por volta na segunda metade da corrida, quando os pilotos da frente tinham todos pneus duros montados nos seus carros (apenas Lewis Hamilton, da Mercedes, optou por pneus médios na segunda metade da prova).

Alonso foi, assim, o melhor dos outros, subindo ao pódio, numa prova em que o desfecho foi confuso – o espanhol foi penalizado em cinco segundos por posicionamento incorreto do carro na grelha de partida, cumprindo a penalização na corrida, mas os mecânicos não terão respeitado os cinco segundos de penalização em que não podem efetuar qualquer tipo de ação no carro, resultando, após o final da corrida, numa penalização de dez segundos que o atiraria para trás de George Russell.

Mas, entendendo que a demora na atribuição da penalização de dez segundos foi excessiva (passaram-se cerca de 30 voltas, quase uma hora de corrida), a penalização foi retirada e Alonso pôde manter o pódio, no qual até marcou presença. Insólito, no mínimo.

Russell e Hamilton ficaram com as duas posições seguintes, mostrando que a Mercedes deu alguns passos em frente ao conseguir lutar, em corrida, com os Aston Martin, enquanto Carlos Sainz e Charles Leclerc, ambos da Ferrari, ficaram em sexto e sétimo, numa demonstração muito evidente de que a equipa italiana está longe da forma desejada. Leclerc, que partiu de 12º na grelha, aproveitou os pneus macios com que partiu para efetuar uma fase inicial de recuperação, passando diversos pilotos até chegar ao sexto lugar, mas depois, com o safety car e com os pneus duros, não teve argumentos para mais.

Mais uma parelha ficou em oitavo e nono, neste caso a da Alpine, com Esteban Ocon a ficar à frente de Pierre Gasly, ao passo que o último lugar com direito a pontos ficou para Kevin Magnussen (Haas), após uma luta muitíssimo renhida com o AlphaTauri de Yuki Tsunoda que durou várias voltas.