Max Verstappen (Red Bull) venceu o GP da Austrália de Fórmula 1, levando a melhor numa corrida que acabou de forma confusa após duas interrupções da prova nas duas últimas voltas. Lewis Hamilton (Mercedes) e Fernando Alonso (Aston Martin) completaram o pódio.

A prova australiana foi bastante emocionante, já que não faltaram incidências e pontos de interesse ao longo das 58 voltas, acentuados pelos períodos de safety car e três bandeiras vermelhas.

Autor da pole position, Verstappen viu-se ultrapassado na partida por George Russell (Mercedes) e Hamilton, enquanto Charles Leclerc (Ferrari) despistava-se na travagem para a curva 3 na sequência de um toque de Lance Strolll (Aston Martin), o que obrigou a um período de safety car.

Pouco depois do recomeço, já com Verstappen a pressionar os dois Mercedes, Alexander Albon (Williams) não evitou um despiste quando era sétimo e obrigou então à reentrada do safety car, o que levou Russell e Carlos Sainz (Ferrari) às boxes para mudarem de pneus. Porém, dados os destroços deixados no circuito e a necessidade de remover o Williams de uma posição perigosa, a corrida foi interrompida. Quem não tinha parado nas boxes pôde então beneficiar de uma paragem nas boxes ‘de graça’.

No reinício da corrida, Lewis Hamilton ficou na frente, mas depressa Verstappen passou o Mercedes, aproveitando a velocidade do DRS. Fernando Alonso ficou na próxima de Hamilton, numa ordem que não se alterou durante muito tempo, enquanto mais atrás foram Sainz e Sergio Pérez (Red Bull) os grandes animadores ao efetuarem diversas ultrapassagens, com o espanhol da Ferrari a chegar ao quarto posto, na proximidade de Alonso.

Por seu turno, Pierre Gasly (Alpine) fazia também uma excelente corrida e foi durante uma grande parte da prova a ‘sombra’ de Sainz, estando a classificação mais ou menos definida apesar de os pilotos estarem todos próximos com a exceção de Verstappen, que se isolou e chegou a ter uma vantagem de dez segundos sobre Hamilton, reduzida depois em cerca de três segundos devido a uma ligeira saída de pista do atual campeão do mundo. Um pequeno susto sem consequências de maior para o líder.

Russell abandonara, entretanto, com labaredas provenientes do motor a declararem o final da corrida para o piloto britânico.

Tudo viria a mudar na 56ª volta quando Kevin Magnussen (Haas) bateu na saída da curva 2 e perdeu o pneu do seu monolugar, acabando por deixar muitos detritos na pista e parando o seu carro duas curvas depois. A direção da corrida decidiu mostrar a bandeira vermelha e interromper a prova, acrescentando então um manto de indecisão perante o resultado final, na medida em que faltariam duas voltas com uma grelha de partida fixa.

As expectativas de emoção não saíram goradas e, se Verstappen e Hamilton passaram imunes da primeira curva, atrás foi a confusão total, com Sainz a queimar a travagem e a bater em Alonso, que fez um pião ao passo que outros pilotos tentaram encontrar rotas de escape. Numa dessas, Gasly saiu de pista, mas ao regressar não viu o seu próprio colega de equipa e bateu em Esteban Ocon, com os dois a destruírem os seus Alpine no muro. Na travagem para a curva 3, Strolll, que entretanto aproveitara a confusão e subia a terceiro, excedeu-se em luta com Sainz e saiu de pista, bem como mais alguns pilotos, com a direção de corrida voltou a mostrar a bandeira vermelha.

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Ao regressarem às boxes, passou a faltar apenas uma volta, que viria a ser feita atrás do safety car e na ordem anterior à dos acidentes, pelo que Alonso e Sainz regressavam a terceiro e quarto, respetivamente, uma vez que não haviam ainda passado por nenhum setor de classificação no reinício. Porem, os carros acidentados, como foram os casos dos Alpine, não puderam retomar a corrida e perderam pontos preciosos.

Também Sainz, que foi penalizado em cinco segundos pelo contacto com Alonso, tendo a agravante de que, rodando atrás do safety car na última volta, não poderia escapar à última posição assim que lhe fossem adicionados os cinco segundos ao tempo final.

Beneficiaram Stroll que foi quarto, Pérez, que foi o quinto e ainda marcou a volta mais rápida, bem como Lando Norris (McLaren), Nico Hulkenberg (Haas), Oscar Piastri (McLaren), Guanyu Zhou (Alfa Romeo) e Yuki Tsunoda (Alphatauri).

Nota para os primeiros pontos de Piastri e logo em casa, sendo também uma prova em que ambos os McLaren chegaram aos pontos.

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