Fazendo a Lewis Hamilton (Mercedes-AMG) o mesmo que o britânico lhe tinha feito na GP de Espanha, Max Verstappen (Red Bull) venceu o GP de França, em Paul Ricard, depois de uma jogada estratégica de duas paragens nas bodes contra uma dos rivais da marca alemã, chegando às últimas voltas com pneus mais frescos para superar Hamilton a apenas duas da bandeira de xadrez.
Partindo da pole position, Verstappen viu Hamilton passar para o comando ao falhar a travagem para a primeira curva, mantendo-se perto do seu rival ao longo de toda a primeira parte da prova, entre um e três segundos de diferença. Valtteri Bottas, no outro Mercedes, estava na terceira posição, a igual distância de Verstappen.
Ao parar primeiro, Verstappen conseguiu, desde logo, dar um primeiro golpe às aspirações da Mercedes, uma vez que saiu das boxes imediatamente à frente de Hamilton, enquanto este ficava também com Bottas no seu encalço. Enquanto isso, Sérgio Perez, no outro Red Bull, assumiu a liderança e manteve-se em pista por mais algum tempo, graças a uma ótima gestão de pneus na fase inicial.
Com Hamilton três segundos atrás de si, Verstappen parou nas boxes uma segunda vez, à 33a volta, partindo para as últimas 20 voltas com pneus médios mais frescos do que os duros dos dois pilotos da Mercedes, com Bottas a chegar a dizer pelo rádio que não percebia a razão porque também não haviam parado.
Verstappen contou com a conivência de Perez para chegar a terceiro e depois partiu em busca dos mercedes. Tendo chegado a ganhar mais de um segundo por volta ao duo da frente, o piloto da Red Bull rapidamente chegou à traseira do carro de Bottas, recuperando cerca de 13 segundos. Ajudado por um erro do finlandês, superou-o a 8 voltas do final, com os restantes cinco segundos de diferença para Hamilton a serem desfeitos nas voltas seguintes.
Na penúltima das 53, Verstappen assumiu o comando, numa manobra à qual Hamilton não se conseguiu opor dado o estado mais degradado dos seus pneus. O triunfo ‘saboroso’ de Verstappen serviu de ‘vingança’ pela derrota infligida de forma semelhante em Barcelona, com Hamilton a ficar em segundo. Bottas também não conseguiu resistir ao ataque final de Perez, com o piloto da Red Bull a subir ao pódio. Bottas foi o quarto, numa prova em que os quatro primeiros andaram numa corrida à parte.
Mais atrás, os dois McLaren tiveram uma excelente prestação de conjunto, com Lando Norris a ficar em quinto, imediatamente à frente de Daniel Ricciardo, com uma prova quase sempre em parelha. O australiano superou Pierre Gasly (AlphaTauri) nos últimos quilómetros, ficando Fernando Alonso (Alpine) na oitava posição. Os dois últimos lugares pontuáveis ficaram para os Aston Martin de Sebastian Vettel e de Lance Stroll.
Má corrida, a lembrar as de 2020, para a Ferrari, que ficou com os seus dois pilotos fora dos pontos, com Carlos Sainz em 11o e Charles Leclerc em 16o.