Não há como não considerar a época da Renault má! Um construtor como o francês terminar a sua época de regresso à F1 no nono lugar entre 11 equipas, só ter a Sauber e Manor atrás de si e ter uma estreante como a Haas com mais 21 pontos é péssimo, para não dizer pior. Para que se coloquem as coisas em contexto, a Lotus foi sexta em 2015.
Obviamente, há muitas justificações para a época da Renault, e a mais importante o facto da decisão ter sido tomada muito tarde, o que condicionou todo o trabalho, e isso foi por demais evidente num ambiente tão competitivo como é a F1. A unidade motriz até melhorou bastante durante o ano, basta olhar para os resultados da Red Bull, mas o chassis era mau, e se a isso juntarmos pilotos abaixo da média, juntaram-se todos os condimentos para uma má época. O ponto alto da Renault foi na Rússia, com Kevin Magnussen a somar seis pontos, e o facto de ter arrancado para a corrida em 17º só reforça a questão, e sem esse bom resultado do dinamarquês a equipa teria feito o mesmo que a Sauber durante todo o ano.
Houve vários fins de semana muito maus por parte da Renault, por exemplo no Mónaco em que ambos os carros ficaram fora da corrida, um deles, por acidente. A escolha de pilotos desde logo indiciou que os objetivos não eram muito mais acima, mas a equipa tinha que ter feito melhor. As coisas até prometeram nas primeiras corridas, com vários resultados perto do top 10, mas a partir de Espanha pioraram bastante, sendo claro que a Renault colocou muita da sua atenção na época de 2017, pois essa vai ter que ser bem diferente. Quanto aos pilotos, Magnussen foi melhor em seis das dez primeiras corridas, mas depois Jolyon Palmer, na sua época de estreante, bateu várias vezes o seu colega de equipa, justificando dessa forma a continuação na equipa em 2017. Com a mudança de regras há uma oportunidade, para uma equipa com os meios da Renault, mas tudo tem que mudar face ao que se viu este ano.
José Luis Abreu/Autosport
Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.