M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A Ford poderá entrar para a lista de construtores de carros elétricos para competição automóvel. Com a pesquisa nos tradicionais motores a gasolina realizada quase toda fora da pista, utilizar motores elétricos em corridas de automóveis é uma nova oportunidade para as marcas tornarem esta tecnologia mais eficiente. A Ford é das marcas que tem-se mantido afastada desse movimento, e está a investigar a sua entrada em duas categorias diferentes.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Enquanto a Fórmula E já está ativa em vários anos como a principal categoria de corridas de carros elétricas e futuro a longo prazo da Fórmula 1, novas competições deverão aparecer entre 2020 e 2021, usando veículos semelhantes aos que encontramos na estrada, a ETCR, para um futuro campeonato mundial de carros de turismo, e a EWRX, para o Campeonato do Mundo de Ralicross. É precisamente o ralicross que mais atrai a atenção da Ford, que poderá ser uma das três marcas a aderir à nova divisão elétrica, mas apenas se puder usar o mesmo carro tanto no Campeonato do Mundo como no novo Campeonato Americano, tal como faz com o Ford GT, que pode participar tanto nas 24 Horas de Le Mans como nas 24 Horas de Daytona.

Mas a Fórmula E também é uma hipótese, pois Alejandro Agag, responsável máximo pelo campeonato de monolugares elétricos, já mencionou várias vezes que está a falar com um construtor americano. Para a Ford entrar no campeonato, poderia fazê-lo em conjunto com a equipa americana Dragon Racing de Jay Penske, uma das poucas que ainda não está associada a um construtor automóvel, ou substituindo um construtor. O que faria mais sentido seria ocupar o lugar da Mahindra, pois a marca indiana é parceira da Ford no desenvolvimento de um carro elétrico para a Índia.

Seja como for, a Ford tem pouco tempo para tomar uma decisão, pois a data limite da Fórmula E para aceitar novas equipas é o final de fevereiro, enquanto a IMG, proprietária do Mundial de Ralicross, tem que decidir se tem marcas suficientes para avançar com a divisão elétrica até ao final de março.