Fórmula E/México: Di Grassi vence sobre a linha de meta; Félix da Costa segundo

17/02/2019

AUTODROMO HERMANOS RODRIGUEZ, MEXICO - FEBRUARY 15: Lucas Di Grassi (BRA), Audi Sport ABT Schaeffler, Audi e-tron FE05 during the Mexico City E-prix at Autodromo Hermanos Rodriguez on February 15, 2019 in Autodromo Hermanos Rodriguez, Mexico. (Photo by Sam Bagnall / LAT Images)
A passagem da Fórmula E pelo circuito Hermanos Rodriguez, no México, resultou numa prova bastante animada, com António Félix da Costa (BMW) a ser o segundo classificado numa corrida em que Lucas di Grassi (Audi) bateu Pascal Wehrlein (Mahindra) steve impecável rumo ao triunfo. Prova ainda marcada pelo acidente violento de Nelson Piquet Jr., que obrigou à interrupção da mesma pela segunda volta.

Partindo mais de trás, Piquet cometeu um erro na travagem para a curva 2 e ao embater na traseira do DS Techeetah de Jean-Eric Vergne, acabou por levantar voo e, sem controlo, embateu também no BMW de Alexander Sims, que estava mais à frente em travagem para a dita curva. Com a frente bastante destruída, Piquet ficou dentro do carro, acabando a prova por ser interrompida para limpar os destroços da pista e prestar auxílio ao piloto brasileiro. No entanto, Piquet não sofreu lesões.

No recomeço, a ordem de classificação dos primeiros era composta por Wehrlein, Oliver Rowland (Nissan), Lucas di Grassi (Audi), Sébastien Buemi (Nissan), Félix da Costa e Felipe Massa (Venturi), com o piloto português a tentar ultrapassar Buemi fazendo uso do seu ‘Attack Mode’. Contudo, uma manobra mais robusta de defesa por parte do suíço causaram um contacto entre os dois carros, com o BMW de Félix da Costa a ‘sobreviver’ com alguns danos ligeiros.

Se numa primeira fase, pareceu que Wehrlein iria isolar-se na frente, o desenrolar da corrida trouxe outra sucessão de eventos, acabando por não conseguir distanciar-se suficientemente, formando-se um ‘comboio’ de cinco carros, com a proximidade entre todos estes a resultar em batalhas interessantes com Félix da Costa ‘atento’ na quinta posição.

Tudo se resolveu, porém, nos dez minutos finais: a oito minutos do fim, Rowland passou pela zona de ‘Attack Mode’ no sentido de procurar atacar a liderança de Wehrlein, com dificuldades notórias, mas comete um erro e fica à mercê de di Grassi, que o ultrapassou, dando depois um toque no seu companheiro de equipa, Buemi, danificando-lhe a asa dianteira do carro.

Félix da Costa aproveitou para se posicionar de forma ótima para bater aqueles dois pilotos, tanto mais que o seu carro estava mais rápido do que o duo à sua frente. Na frente, Wehrlein defendia-se como podia dos ataques do Audi de Lucas di Grassi, atrasando todos os demais pilotos para um ‘comboio’ com sete carros.

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Na derradeira volta, com a gestão de energia a ser problemática, tudo se precipitou para um desfecho ‘de loucos’: da Costa passou Buemi e Rowland (que viriam a ficar sem energia) e, praticamente sobre a linha de meta, Lucas di Grassi consegue evitar ‘in extremis’ o carro sem energia de Rowland para vencer. Contudo, como este havia cortado a chicane pouco antes numa tentativa de defesa a um ataque do seu rival, recebeu uma penalização de cinco segundos, o que elevou o português a segundo e Edoardo Mortara (Venturi) a terceiro.

Seguiram-se Jerôme D’Ambrosio (Mahindra), André Lotterer (DS Techeetah) e Wehrelin, relegado para sexto.

No campeonato, D’Ambrosio é o líder, com 53 pontos, ao passo que Félix da Costa ascendeu a segundo, com 46 pontos, e Sam Bird caiu para terceiro com 45 pontos.

Classificação

1. Lucas di Grassi (Audi)
2. A.F.da Costa (BMW)
3. Edoardo Mortara (Venturi)
4. J.d’Ambrosio (Mahindra)
5. André Lotterer (DS Techeetah)
6. Pascal Wehrlein (Mahindra)
7. Mitch Evans (Jaguar)
8. Felipe Massa (Venturi)
9. Sam Bird (Virgin)
10. Daniel Abt (Audi)