Faltam adjetivos para classificar a temporada de Max Verstappen (Red Bull), que venceu o GP de São Paulo, no Brasil, para assim obter o 17º triunfo da época. Ao fazê-lo, quebrou também um impressionante recorde que datava desde 1952, pertencendo agora a Verstappen o titulo de piloto mais dominante num ano. Lando Norris (McLaren) ficou na segunda posição, ao passo que Fernando Alonso (Aston Martin) resistiu, no limite, ao ataque final de Sergio Pérez (Red Bull) para subir ao pódio.

Era um dos poucos recordes que faltavam a Verstappen nesta sua impressionante temporada de 2023. Ainda nos primórdios da Fórmula 1, quando o calendário era pequeno e os regulamentos bem distantes dos de hoje, Alberto Ascari detinha o recorde de piloto mais dominante numa só temporada, quando havia ganhado seis das oito corridas do campeonato de então. Em percentagem, o italiano tinha um valor de 75%, mas com o triunfo de Verstappen em São Paulo, o 17º deste ano, o tricampeão passou a deter um valor de 77,27%.

Ainda antes do arranque, houve ‘drama’ para Charles Leclerc (Ferrari), que se despistou na volta de formação devido a problemas eletrónicos no seu carro, deixando livre o segundo lugar na grelha de partida e dando ainda maior segurança a Verstappen, que converteu a pole position na liderança. Mais atrás, um toque entre Nico Hulkenberg e Kevin Magnussen (ambos da Haas) e Alex Albon (Williams) obrigou à interrupção da prova para reparações das barreiras e à limpeza dos destroços em pista, havendo depois nova partida, com Lando Norris a ficar em segundo à frente de Fernando Alonso e de Lewis Hamilton (Mercedes).

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A única ameaça à liderança de Verstappen verificou-se na oitava volta, quando Norris tentou ultrapassar o líder da prova por duas vezes, no final da reta da meta e na reta oposta, mas nem a ajuda do DRS deu ao britânico a liderança.

A partir daí, abriu uma vantagem que se mostrou inacessível para o seu rival da McLaren, que também não teve grandes adversários na luta pelo segundo posto ao longo das demais 71 voltas, alcançando mais um excelente resultado, mas sem conseguir o triunfo.

A luta pela terceira posição foi bem mais emocionante, com Alonso e Pérez a lutarem até à linha de meta, com o espanhol a levar a melhor – com uma demonstração impressionante de rapidez e técnica – por apenas 0,053s. Pérez ainda chegou a superar Alonso na entrada da penúltima volta, mas Alonso respondeu na última volta com uma ultrapassagem brilhante na reta oposta, com os dois carros quase a tocarem-se.

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Regressando aos bons resultados, Lance Stroll (Aston Martin) terminou na quinta posição, ao passo que Carlos Sainz (Ferrari) terminou em sexto lugar, numa prova em que não teve grandes argumentos para lutar pelas posições da frente.

Pierre Gasly (Alpine) terminou em sétimo, numa boa prova por parte do francês, que a certa altura se queixou de problemas de travões que não foram impeditivo para chegar ao fim nos pontos, ao passo que Hamilton finalizou a prova em oitavo, num resultado bem aquém das expectativas depois das evoluções dos últimos grandes prémios e num circuito que costuma ser favorável aos carros da marca alemã. George Russell, o seu colega de equipa, abandonou a corrida devido ao sobreaquecimento da unidade V6 híbrida, preferindo assim salvaguardá-la paras as próximas provas.

Yuki Tsunoda (AlphaTauri) voltou a dar pontos à formação italiana, ao finalizar no nono lugar, com Esteban Ocon (Alpine) a garantir o último lugar com direito a pontos.

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