Max Verstappen (Red Bull) sagrou-se bicampeão do mundo de Fórmula 1 depois de vencer o GP do Japão disputado em Suzuka, que ficou marcado pela chuva e por uma interrupção demorada. Charles Leclerc (Ferrari) terminou em segundo, mas uma penalização promoveu Sergio Pérez (Red Bull) ao segundo posto, dando o título a Verstappen.

Tal como se previa, a chuva fez a sua aparição em Suzuka, tornando a competição em pista numa grande incógnita. A corrida iniciou-se de forma normal, com o arranque parado mas com a pista muito molhada. Apesar disso, todos os pilotos optaram pelos pneus intermédios e não pelos de chuva, que seriam os mais adequados para as condições da pista com muita água acumulada nalguns pontos.

Apesar de não ter partido tão bem quanto Leclerc, que era o segundo na grelha, Verstappen ficou com a liderança na primeira curva, com Pérez a assumir o terceiro posto por troca com Carlos Sainz (Ferrari). Porém, rapidamente as condições da pista começaram a fazer ‘vítimas’, sendo o espanhol da Ferrari um dos pilotos apanhados pela chuva. Pouco depois do gancho, Sainz perdeu o controlo do seu monolugar em aceleração, embatendo com alguma violência nos rails do lado esquerdo.

O impacto atirou para a pista um dos painéis publicitários que foi apanhado em cheio por Pierre Gasly (AlphaTauri), que foi bastante veemente nas suas críticas pelo sucedido e por ter visto um trator de recolha de carros acidentados em pista, algo que desde a morte de Jules Bianchi que se tornou proibido.

Com as condições a deteriorarem-se, a corrida foi interrompida, com a prova a manter-se parada durante mais de uma hora enquanto se esperava uma melhoria das condições meteorológicas.

A prova viria a ser retomada para mais 25 voltas (de um total de 53), com Verstappen a tirar o melhor partido das condições para se afastar, ganhando ainda mais tempo depois de montar pneus intermédios no seu Red Bull. Leclerc ainda acompanhou o neerlandês enquanto os pneus para chuva foram utilizados, mas perdeu bastante terreno com os pneus intermédios, acabando por ficar à mercê dos ataques de Pérez.

Na última volta, o monegasco da Ferrari cortou a chicane de entrada na reta da meta e acabou por ser penalizado em cinco segundos, o que transformou o seu segundo num terceiro lugar. Dessa forma, Verstappen pôde confirmar o seu segundo título, não obstante alguma confusão relativamente aos pontos a atribuir. Com o total de pontos atribuídos aos dez primeiros, Verstappen recebeu a notícia de que era campeão, iniciando desde logo as celebrações num ano em se mostrou imperial numa grande parte das corridas.

Ocon e Vettel foram estrelas

Arrás dos três primeiros, com Carlos Sainz fora de prova, ficou a dúvida sobre quem era o melhor dos outros. Essa distinção coube a Esteban Ocon (Alpine) que efetuou uma excelente prova, defendendo-se de forma exímia de Lewis Hamilton (Mercedes), que foi o quinto melhor à frente de Sebastian Vettel (Aston Martin), que esteve brilhante depois de ter chegado a cair para o fundo do pelotão devido a um contacto com o Alpine de Fernando Alonso, que ficou em sétimo.

George Russell (Mercedes) terminou em oitavo, queixando-se de problemas de travões no seu carro, ao passo que Nicholas Latifi (Williams) obteve os seus primeiros pontos com o nono lugar. Lando Norris (McLaren) ficou com o último lugar pontuável.

 

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