Max Verstappen (Red Bull) prosseguiu a sua senda vitoriosa ao terminar o GP do Mónaco na primeira posição, batendo Fernando Alonso (Aston Martin) e resistindo aos desafios suplementares impostos pela chuva que começou a cair já na parte final da prova. Esteban Ocon (Alpine) foi o terceiro classificado e deu à marca francesa um resultado bastante saboroso.

Autor da pole position, Verstappen partiu com os pneus médios, enquanto Alonso, que largou de segundo fê-lo com os pneus mais duros, adensando assim o mistério em torno das estratégias que cada piloto iria escolher. Ainda mais quando se tornou evidente que a chuva iria mesmo marcar presença no Principado.

A diferença entre Verstappen e Alonso nunca foi superior a dez segundos, chegando mesmo a reduzir-se na altura das dobragens aos pilotos mais atrasados para a casa dos seis segundos, deixando a prova em aberto. Embora com pneus médios de resistência inferior aos duros de Alonso, o líder do campeonato esperou o máximo possível pela chegada da chuva, cumprindo 50 voltas com um jogo de pneus médios até poder então mudar para pneus intermédios no momento em que a chuva começou a cair com mais intensidade a 25 voltas do fim.

Curiosamente, Alonso parou pouco antes de Verstappen, mas levou pneus médios no seu Aston Martin, deitando por terra qualquer esperança de assalto ao primeiro lugar, na medida em que foi obrigado a regressar às boxes para montar pneus intermédios logo a seguir. A queda de chuva mais forte causou muitas dificuldades suplementares aos pilotos apesar dos pneus para piso molhado, incluindo até Verstappen, que deu dois toques nas barreiras que ladeiam o circuito, mas escapou a danos no seu Red Bull para prosseguir rumo a um triunfo para o qual foi preciso ‘nervo’ e talento.

Alonso esteve sempre na ‘sombra’ de Verstappen, mas a estratégia no momento em que a chuva começou a cair levou-o a perder muito tempo para o líder e acabou por se acomodar com o segundo posto, que não deixa de ser mais um excelente resultado para o piloto das Astúrias.

Autor também de uma excelente prova, Esteban Ocon deu um pódio muito saudado à Alpine, depois de suportar a pressão na fase inicial por parte de Carlos Sainz (Ferrari), que não evitou um toque no francês numa travagem falhada para a chicane do Porto (danificando a sua asa dianteira), e de Lewis Hamilton (Mercedes) na fase final já com a pista a secar depois da chuvada.

As posições não se alteraram e Ocon foi mesmo ao pódio, à frente de Hamilton e de George Russell (Mercedes), com os dois pilotos da equipa alemã a melhorarem as suas posições por via de estratégias melhores do que as dos pilotos da Ferrari, que fizeram o caminho inverso. Russell ainda teve uma penalização de cinco segundos adicionados ao seu tempo final depois de um contacto com Sergio Pérez (Red Bull) ao regressar à pista na sequência de um despiste.

Da parte da Ferrari, as promessas de uma corrida forte acabaram por sair totalmente frustradas. Leclerc partiu de sexto após uma penalização na qualificação e chegou exatamente no mesmo lugar, enquanto Sainz teve uma conjunção de erros que o levaram a terminar em oitavo – não só deu um toque em Ocon, como teve uma estratégia pouco feliz que não foi ajudada por um despiste já com a chuva a cair.

Pierre Gasly (Alpine) ficou entre os dois pilotos da Ferrari, complementando o bom resultado da Alpine, estando também em luta constante com os Mercedes e Ferrari.

Lando Norris e Oscar Piastri (ambos da McLaren) ficaram com as duas últimas posições pontuáveis, depois de superarem na fase final o japonês Yuki Tsunoda (AlphaTauri), a braços com problemas de travões no seu carro.

A corrida no Mónaco não deixará saudades aos pilotos da Haas, Kevin Magnussen e Nico Hulkenberg, que estiveram muito longe de lutar sequer pelos pontos, mas também a Lance Stroll (Aston Martin), autor de vários erros que acabariam por terminar em abandono já na fase final. Uma posição difícil para um piloto que já viu o seu colega de equipa subir ao pódio este ano por diversas ocasiões.

Para esquecer, igualmente, a corrida de Sergio Pérez, que também se viu envolvido em diversos percalços, não evitando contactos com os muros, com Russell e com Magnussen, vendo Verstappen ganhar ainda mais vantagem no campeonato de Pilotos.

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