Max Verstappen (Red Bull) venceu o GP dos Países Baixos de Fórmula 1, celebrando diante dos seus adeptos mais um saboroso triunfo, que tem o condão também de deixá-lo ainda mais perto de confirmar o seu segundo título mundial da modalidade. George Russell (Mercedes-AMG) ficou no segundo lugar e Charles Leclerc (Ferrari) garantiu o lugar mais baixo do pódio.

Numa corrida que teve nas diferentes estratégias um dos pontos de interesse, Max Verstappen conseguiu mais uma vitória numa temporada que se apresta a ser memorável para o piloto da Red Bull. Partindo da pole position, conseguiu manter a posição no arranque e segurou Leclerc atrás de si na primeira parte da corrida, com os dois a distanciarem-se de Carlos Sainz (Ferrari) e de Lewis Hamilton (Mercedes-AMG).

As primeiras paragens nas boxes para mudança de pneus deram ainda maior vantagem a Verstappen perante Leclerc, mas os dois Mercedes entraram então na equação na luta pelo triunfo, com Hamilton e Russell a apostarem numa estratégia de uma única paragem, permitindo-lhes assim ombrear com Verstappen ao ficarem mais tempo em pista graças a um ritmo muito forte.

Um primeiro ‘espinho’ na estratégia da Mercedes deu-se com a paragem em pista do AlphaTauri de Yuki Tsunoda (com o piloto a queixar-se, primeiro, de pneus mal montados no seu carro, para depois prosseguir, rumar às boxes, montar outro jogo de pneus e, de regresso à pista, parar definitivamente). Com a direção de corrida a optar por um safety car virtual (redução do ritmo em toda a pista), Verstappen conseguiu limitar os ‘estragos’ da segunda paragem que tinha de fazer e montar pneus médios, com os dois Mercedes a fazerem o mesmo.

Findo esse período, Verstappen liderava com 11 segundos, mas o ritmo muito forte dos carros germânicos ainda dava esperança de um final de prova animado com Hamilton e Russell a aproximarem-se relativamente.

Porém, um safety car na volta 55 das 72 previstas deixou novamente a prova em aberto: Verstappen parou, uma vez mais, para montar pneus macios, assim como Russell e Leclerc, com Hamilton a manter-se em pista com pneus médios mais gastos, mas ficando com a liderança da corrida.

No recomeço de prova, Verstappen aproveitou a melhor velocidade de ponta do seu Red Bull e passou Hamilton na luta pelo comando, sendo imitado nas voltas seguintes por Russell e Leclerc, com estes três a ocuparem as posições do pódio.

Verstappen fica assim cada vez mais perto de assegurar o segundo título de pilotos da Fórmula 1, sendo o seu triunfo efusivamente celebrado pelos milhares de adeptos vestidos de laranja que encheram as bancadas de Zandvoort.

Carlos Sainz foi o quinto na meta, mas a prova do espanhol foi para esquecer. Ao fazer a sua primeira paragem, mais um erro da Ferrari – que não tinha o jogo de pneus completo para mudar – fê-lo perder dez segundos, caindo para posições secundárias. Tudo ficaria ainda pior depois de parar pela terceira vez para mudar de pneus – aproveitando o safety car –, saindo do seu lugar imediatamente à frente de um dos Alpine, recebendo assim uma penalização de cinco segundos.

Dessa forma, caiu para o oitavo lugar final. A sua classificação poderá ainda ser revista devido a uma outra irregularidade, já que Sainz ultrapassou o Alpine de Esteban Ocon no mesmo momento em que as bandeiras amarelas começaram a ser mostradas devido à paragem no final da reta da meta do Alfa Romeo de Valtteri Bottas (Alfa Romeo) – a causa do safety car que viria a dar origem à sua penalização de cinco segundos pouco depois.

Sergio Pérez (Red Bull) herdou o quinto posto, enquanto Fernando Alonso (Alpine) foi um dos pilotos do dia ao terminar em sexto, efetuando uma excelente recuperação depois de partir do 13o lugar. Lando Norris (McLaren) ficou com o sétimo lugar, à frente de Sainz, Esteban Ocon e Lance Stroll (Aston Martin).

No Mundial de Pilotos, Verstappen tem agora 109 pontos de vantagem sobre os seus mais diretos perseguidores, Sergio Pérez e Charles Leclerc, que estão empatados no segundo lugar.