Numa corrida que teve nas diferentes estratégias um dos pontos de interesse, Max Verstappen conseguiu mais uma vitória numa temporada que se apresta a ser memorável para o piloto da Red Bull. Partindo da pole position, conseguiu manter a posição no arranque e segurou Leclerc atrás de si na primeira parte da corrida, com os dois a distanciarem-se de Carlos Sainz (Ferrari) e de Lewis Hamilton (Mercedes-AMG).
As primeiras paragens nas boxes para mudança de pneus deram ainda maior vantagem a Verstappen perante Leclerc, mas os dois Mercedes entraram então na equação na luta pelo triunfo, com Hamilton e Russell a apostarem numa estratégia de uma única paragem, permitindo-lhes assim ombrear com Verstappen ao ficarem mais tempo em pista graças a um ritmo muito forte.
Um primeiro ‘espinho’ na estratégia da Mercedes deu-se com a paragem em pista do AlphaTauri de Yuki Tsunoda (com o piloto a queixar-se, primeiro, de pneus mal montados no seu carro, para depois prosseguir, rumar às boxes, montar outro jogo de pneus e, de regresso à pista, parar definitivamente). Com a direção de corrida a optar por um safety car virtual (redução do ritmo em toda a pista), Verstappen conseguiu limitar os ‘estragos’ da segunda paragem que tinha de fazer e montar pneus médios, com os dois Mercedes a fazerem o mesmo.
Findo esse período, Verstappen liderava com 11 segundos, mas o ritmo muito forte dos carros germânicos ainda dava esperança de um final de prova animado com Hamilton e Russell a aproximarem-se relativamente.
Porém, um safety car na volta 55 das 72 previstas deixou novamente a prova em aberto: Verstappen parou, uma vez mais, para montar pneus macios, assim como Russell e Leclerc, com Hamilton a manter-se em pista com pneus médios mais gastos, mas ficando com a liderança da corrida.No recomeço de prova, Verstappen aproveitou a melhor velocidade de ponta do seu Red Bull e passou Hamilton na luta pelo comando, sendo imitado nas voltas seguintes por Russell e Leclerc, com estes três a ocuparem as posições do pódio.
Verstappen fica assim cada vez mais perto de assegurar o segundo título de pilotos da Fórmula 1, sendo o seu triunfo efusivamente celebrado pelos milhares de adeptos vestidos de laranja que encheram as bancadas de Zandvoort.
Carlos Sainz foi o quinto na meta, mas a prova do espanhol foi para esquecer. Ao fazer a sua primeira paragem, mais um erro da Ferrari – que não tinha o jogo de pneus completo para mudar – fê-lo perder dez segundos, caindo para posições secundárias. Tudo ficaria ainda pior depois de parar pela terceira vez para mudar de pneus – aproveitando o safety car –, saindo do seu lugar imediatamente à frente de um dos Alpine, recebendo assim uma penalização de cinco segundos.
Dessa forma, caiu para o oitavo lugar final. A sua classificação poderá ainda ser revista devido a uma outra irregularidade, já que Sainz ultrapassou o Alpine de Esteban Ocon no mesmo momento em que as bandeiras amarelas começaram a ser mostradas devido à paragem no final da reta da meta do Alfa Romeo de Valtteri Bottas (Alfa Romeo) – a causa do safety car que viria a dar origem à sua penalização de cinco segundos pouco depois.
No Mundial de Pilotos, Verstappen tem agora 109 pontos de vantagem sobre os seus mais diretos perseguidores, Sergio Pérez e Charles Leclerc, que estão empatados no segundo lugar.