A mais recente reunião da Comissão da Fórmula 1 (na passada semana) trouxe consigo duas novidades importantes, uma delas com aplicação já em 2021 (a realização de algumas corridas ‘sprint’ de teste ao sábado, definindo a grelha para a corrida de domingo) e outra para o final da época – o congelamento do desenvolvimento dos motores a partir de 2022 até 2024. Esta medida permitiu à Red Bull avançar de forma decisiva para um acordo com a Honda, ao abrigo da qual adquire toda a tecnologia das unidades híbridas V6 desenvolvida até final de 2021, data a partir da qual o nome Honda volta a desaparecer da Fórmula 1.
No entanto, se o nome desaparece, a Honda permanecerá ‘viva’ no interior dos monolugares dos Red Bull e AlphaTauri, com a manutenção e gestão dos motores e da sua tecnologia entregue ao novo departamento da Red Bull Technology, já estabelecido em Milton Keynes, a Red Bull Powertrains Limited.
A decisão resulta vantajosa para ambas as partes. Por um lado, a Honda consegue rentabilizar o investimento depositado na sua derradeira aventura na Fórmula 1 (terá inclusive um motor novo para 2021). Por outro, a Red Bull garantirá uma unidade híbrida V6 rápida e eficiente (previsivelmente), com um custo potencialmente mais baixo do que com um contrato com outro fabricante, mesmo que venha a ter mais custos com a parte logística e de manutenção.
“Temos vindo a discutir este tema com a Honda por algum tempo e após a decisão da FIA de congelar o desenvolvimento das unidades de potência a partir de 2022 pudemos chegar, por fim, a um entendimento relativo à continuidade de utilização das unidades de potência híbridas da Honda”, afirmou o conselheiro para o desporto motorizado da Red Bull, Helmut Marko.
Tendo regressado aos sucessos em corrida com a Honda, tanto com a Red Bull, como com a AlphaTauri, Marko agradece o empenho da marca nipónica na construção de motores avançados e competitivos, acrescentando que o acordo obtido com a Honda é “um passo arrojado por parte da Red Bull mas foi dado após consideração cuidada e detalhada”.“Estamos bem cientes do grande empenho necessário mas acreditamos que a criação desta nova companhia é a opção mais competitiva para ambas as equipas”, complementou.
