O acidente marcou de forma indelével o grande prémio, que também foi o primeiro da Fórmula 1 no circuito citadino de Melbourne (ocupando o lugar de Adelaide), mas mostrou bem o progresso dos monolugares no capítulo da segurança. Pouco depois da partida, na travagem para a terceira curva – uma direita a 90 graus – o carro amarelo (mais tarde na temporada, passou a dourado, como nas fotos) foi catapultado pelo ar, com o chassis do Jordan a ceder ao meio quando voltou ao chão e ao arrastar-se pelo asfalto.
Temeu-se o pior, sobretudo atendendo à violência do impacto, mas Brundle saiu dos destroços de forma ágil e, face à interrupção da corrida, procurou saber se o carro de reserva – comum na época – estava pronto. No meio da pressa, o piloto britânico ‘esqueceu-se’ de que tinha de receber ‘luz verde’ do médico do pelotão, Dr. Sid Watkins, para poder tomar parte na segunda partida.
O médico rapidamente percebeu que Brundle estava a 100% e deu autorização para que o seu lugar na partida fosse retomado ao volante do chassis número 3, com o qual alcançou três sextos lugares (GP da Europa, no Nürburgring, GP do Canadá e GP da Grã-Bretanha).
Proposto a leilão pela RM Sotheby’s, este Jordan-Peugeot 196 tem também a particularidade de ser um dos poucos carros que ainda retém o motor Peugeot original da temporada. O leilão decorre em Paris, a 6 de fevereiro.
Fotos: Scott Pattenden ©2018 Cortesia da RM Sotheby’s
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