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Le Mans: Da luta dos pesos pesados às esperanças de Félix da Costa e Albuquerque

Ferrari AF CORSE / Ferrari 499P #50

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A centésima edição das 24 Horas de Le Mans, envolta em clima de celebração, promete ser bastante disputada, com diversos pontos de interesse para os milhares de adeptos de competições de resistência em todo o mundo. Entre os principais pontos a ter em conta na edição deste ano está a luta pelas posições cimeiras com natural destaque para o duelo entre Ferrari e Toyota, mas, também para os portugueses, a natural esperança em bons resultados da parte de António Félix da Costa (Porsche) e Filipe Albuquerque (United Autosports/LMP2).

Findas todas as sessões de treinos, a corrida de 24 Horas que se disputa este ano pela centésima vez em Le Mans, coloca na linha da frente da grelha de partida dois Ferrari, o que já não acontecia há 50 anos, precisamente o mesmo tempo de afastamento oficial da marca italiana em relação a esta corrida no que diz respeito à categoria principal.

A pole position de Antonio Fuoco (acompanhado por Miguel Molina e Nicklas Nielsen no carro #50) é um bom indicador de competitividade da Ferrari, sobretudo quando se atenta também ao segundo posto do seu companheiro de equipa, Alessandro Pier Guidi (acompanhado por James Calado e Antonio Giovinazzi no carro #51), sendo por isso fácil apontar a marca italiana como candidata ao triunfo final.

Porém, tratando-se da mais longa e exigente prova de resistência do Mundial de Endurance, a experiência também tem um peso que pode ser fundamental e, nesse aspeto, a Toyota Gazoo Racing leva todos os créditos, com os seus vários triunfos ao longo dos últimos anos (além de ter vencido todas as provas do campeonato deste ano com relativa facilidade) a demonstrarem como a consistência, fiabilidade e correção das estratégias podem ajudar a determinar o vencedor.

Na prova deste ano, o melhor dos Toyota parte da terceira posição, com o carro #8 de Sébastien Buemi, Brendon Hartley e Ryo Hirakawa a ser o melhor classificado da equipa à partida, enquanto o segundo carro, o #7, guiado por Mike Conway, Kamui Kobayashi e Jose Maria Lopez ficou apenas na quinta posição, surpreendido, de certa forma, pelo andamento do Porsche Penske #75 de Felipe Nasr, Mathieu Jaminet e Nicholas Tandy, que podem colocar também a marca alemã na discussão por posições cimeiras.

O melhor dos Cadillac, o #2, parte de sexto lugar, sendo partilhado por Earl Bamber, Alex Lynn e Richard Westbrook, sendo também interessante averiguar se algum dos carros da marca americana poderá batalhar por posições de pódio, algo que tem feito em ocasiões anteriores.

Outros pontos de interesse passarão pela eventual recuperação dos Peugeot, que ficaram apenas nos 10º e 11º lugares, bastante aquém do desejado, mas também pela performance dos Hypercar não híbridos, ou seja, os dois Glickenhaus e o Vanwall.

Para os portugueses, a esperança de um bom resultado na categoria Hypercar reside no Porsche 963 do Hertz Team JOTA que António Félix da Costa partilha com Yifei Ye e Will Stevens, sendo que um problema elétrico obriga a formação a começar do fundo do pelotão dos Hypercar, ou seja, no 16º lugar. No entanto, atendendo à boa prestação dos carros germânicos, é expectável que o piloto português e a sua equipa possa estar na discussão por outros lugares no top 10 ou até mais acima, dependendo sempre das naturais incidências da corrida.

Nos LMP2, há outro representante da esperança lusa, neste caso Filipe Albuquerque, piloto que compete no ORECA-Gibson da United Autosports (juntamente com Philip Hanson e Frederick Lubin) e que vai partir do 10º lugar da classe, esperando-se que possa vir a disputar os lugares cimeiros naquela que é, porventura, uma das classes mais aguerridas em termos de competitividade. Albuquerque não é ‘estranho’ à luta pelas posições de destaque nas 24 Horas de Le Mans e procura, uma vez mais, registar um bom resultado para as cores portuguesas.

A pole position ficou para o carro da Idec Sport partilhado entre Paul Lafargue, Paul Loup Chatin e Laurents Horr, pouco à frente do carro da JOTA, pilotado por David Heinemeier Hansson, Oliver Rasmussen e Pietro Fittipaldi, e do carro do Team WRT, dividido entre o angolano Rui Andrade, Robert Kubica e Louis Délétraz.

A batalha dos GTE Am promete também trazer muita ação ao longo das 24 horas de prova, com a pole position a ir para o Chevrolet Corvette de Nicky Catsburg, Ben Keating e Nicolas Varrone, à frente de um Aston Martin e de um Ferrari.

A corrida inicia-se às 16h00 locais (15h00 em Portugal Continental) de sábado, terminando precisamente à mesma hora de domingo.