Maurizio Arrivabene, líder da equipa de Fórmula 1 da Ferrari, está numa pequena lista de candidatos apresentados pela Exor, a holding detida pela família Agnelli, para suceder a Giuseppe Marotta como diretor-geral da Juventus.
O italiano de 61 anos, que é desde 2014 o principal responsável pela equipa de Fórmula 1 da Ferrari, é apontado como o mais sério candidato ao lugar, dadas as suas relações próximas com o clã Agnelli, mas a lista inclui outros nomes, como Paolo Garimbetti ou a antiga estrela do clube, Pavel Nedved.
Arrivabene já faz parte dos quadros de administração da Juventus, cargo que acumula com o de diretor-geral da Ferrari F1, para onde foi nomeado como homem de confiança de Sergio Marchione, o recentemente desaparecido presidente do grupo FIAT.
A confirmar-se a sua candidatura ao cargo operacional mais importante da Juventus, Arrivabene deixará o seu lugar à frente da Scuderia, onde ao longo dos últimos quatro anos liderou um esforço de reorganização e modernização da equipa, sem que isso se tenha traduzido em resultados ou títulos mundiais.
A recente notícia de que Charles Leclerc será o segundo piloto da Ferrari e que Kimi Raikkonen sairá da equipa, contra a vontade de Arrivabene, parece demonstrar que Arrivabene estará a perder poder de decisão no seio da estrutura. A confirmar-se a sua nomeação como diretor-geral da Juventus, Arrivabene passará a ser o gestor executivo do clube onde militam os portugueses Cristiano Ronaldo e João Cancelo.
Arrivabene tem um importante curriculo no marketing estratégico, com passagens pela Philip Morris, como Vice-Presidente para a Comunicação e Marketing na Europa, cargo que lhe permitiu o acesso ao mundo da F1 como representante dos sponsors. Foi nessa qualidade que Marchione o escolheu para liderar a equipa de F1, como conhecedor dos mecanismos e bastidores de regulação daquele desporto.
Arrivabene já reafirmou o seu compromisso com a Ferrari e negou que estivesse atrás do lugar de Marotta na Juventus, mas a forma como a Ferrari e Vettel foram de novo derrotadas por Hamilton e pela Mercedes, podem precipitar uma mudança na liderança da escuderia fundada por Enzo Ferrari.