A Mercedes-AMG apresentou o seu novo monolugar para 2022, o W13 E Performance para fazer esquecer a desilusão do ano passado e impulsionar os seus dois pilotos, Lewis Hamilton e George Russell, rumo aos triunfos. Com a alteração regulamentar mais profunda alguma vez vista na Fórmula 1, o W13 conta com um regresso à tonalidade prateada pré-pandemia.

O W13 E Performance é o resultado de 18 meses de trabalho, sendo 98% novo em todos os seus aspetos, com apenas um componente a transitar do monolugar do ano passado: o volante…

“Desde que o trabalho no W13 começou, vi um ambiente de excitação e entusiasmo nos membros da nossa equipa como nunca antes, graças à escala de oportunidades que estes regulamentos técnicos proporcionam. Mais para o final do ano passado, quando o projeto começou a ganhar forma verdadeiramente, senti uma imensa paixão por toda a organização, não só no campo técnico, mas também nas nossas bases de Brackley e de Brixworth, que abraçaram a mentalidade de ‘nós conseguimos fazê-lo’”, referiu o diretor desportivo da Mercedes-AMG Petronas, Toto Wolff.

Quanto às mudanças do monolugar, essas são imensas, sobretudo no campo aerodinâmico com o regresso do efeito-solo e a diminuição da componente aerodinâmica visível, como explica Mike Eliott, diretor técnico da formação. “No campo do chassis, as mudanças são imensas. Nunca tivemos uma mudança tão grande como esta na minha carreira. Penso que há três aspetos aqui: primeiro, a forma como os regulamentos são compostos é muito diferente, particularmente para a aerodinâmica e isso tem um grande impacto. Segundo, aquilo que estão a tentar alcançar com a aerodinâmica significa que os carros têm, fundamentalmente, uma forma diferente. E, terceiro, esta é a primeira vez que tentamos uma mudança tão grande sob um ambiente de teto orçamental”, diz, apontando também que as limitações nos ensaios em túnel de vento significam que a simulação computacional ganhou mais peso.

Outra mudança importante prende-se com os pneus, que agora são de 18 polegadas, em lugar dos anteriores de 13, que saíram de cena no final de 2021. Por último, outro ponto importante é o congelamento da grande maioria dos componentes motrizes, nomeadamente a caixa de velocidades e a unidade de potência, com a Mercedes-AMG High Performance Powertrains (HPP) a conceber mais uma vez a unidade que vai impulsionar o W13 e seguintes até 2025.

Aquela divisão garante que foram efetuadas mais alterações na unidade de potência para 2022 do que em todas as versões desde que os regulamentos turbo V6 entraram em vigor em 2014. O motor de combustão será alimentado também por gasolina E10, com um misto de 10% de etanol, o que quer dizer que é mais sustentável.

Descobrir as diferenças…

Curiosamente, um olhar atento ao novo W13 E Performance da apresentação online revela diferenças face às imagens que foram reveladas aos jornalistas logo a seguir, como por exemplo na zona dos flancos, no bico e na ‘barbatana’ de tubarão na cobertura do motor, o que pode indiciar que há já novos desenvolvimentos para a aerodinâmica deste monolugar, naquela que é, aliás, uma prática comum. Os carros que são apresentados tendem a receber evoluções ao longo dos testes de pré-temporada, chegando à primeira corrida já com algumas diferenças. Este deverá ser um dos casos.

 

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