M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Quando o Toyota Prius foi revelado ao mundo, a marca japonesa quis demonstrar que o conceito de automóvel híbrido era mais ecológico e que ia poupar combustível. E qual foi a melhor maneira de mostrar a eficiência do seu primeiro híbrido? Colocá-lo a andar a toda a velocidade em corridas que duram três horas, no Campeonato Japonês de Super GT, onde o mais estranho Toyota Prius de todos os tempos ganhou quatro corridas e foi duas vice-campeão.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Este Toyota Prius GT300 não tem quase nada em comum com o carro de estrada. Aliás, a equipa que o desenvolveu, a APR, aproveitou o chassis do seu carro anterior, o MR2, para construir o primeiro Prius de corrida. Assim, enquanto o Prius de estrada tem um motor à frente normal, o carro de competição tem o motor atrás, tal como tinha o MR2. Do carro de estrada, aproveitou apenas o vidro dianteiro e partes do sistema híbrido, que foi modificado para funcionar mais para recuperar a energia de travagem em distâncias curtas, providenciando 150 cv de potência adicional. O motor 1.8 de quatro cilindros deu lugar a um V8 de 3,4 litros de competição, partilhado com o carro de Le Mans, mas com potência muito reduzida.

O Prius fez a sua estreia em 2012 e teve muitos problemas de fiabilidade. No ano seguinte, conseguiu finalmente conquistar a sua primeira vitória, mas ainda teve problemas em lutar pelo título da sua categoria. Duas vitórias em 2015 e mais uma em 2016 viram a APR levar o Toyota Prius à luta pelo título, mas em ambas as ocasiões teve que se contentar com o segundo lugar (em 2015 o campeão foi o português André Couto). Em 2016, a equipa passou a concorrer com dois carros, mas depois estes perderam competitividade. Agora, o Prius GT300 da APR vai encerrar a sua carreira, pois vai deixar de ser permitido mudar o motor de sítio, e vai dar o seu lugar ao… Prius. O novo modelo vai ser menos estranho, pois vai passar a ter o motor à frente, e o motor vai ser derivado do usado no Lexus RC F, com 5,4 litros, mas ainda com um sistema híbrido.

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