“É pena não termos mais campeonatos. Temos alguns, mas devíamos ter mais, e para isso é preciso que o turismo tenha interesse e que faça com que esses campeonatos venham cá a Portugal”, explicou aquele que foi um dos quatro pilotos portugueses a competir na modalidade pináculo do automobilismo, além de Mário Cabral, Pedro Matos Chaves e Tiago Monteiro.
“Penso que sim [faltam apoios e patrocínios]. É um bocado por aí”, adiantou o piloto em declarações prestadas à agência Lusa, à margem do lançamento de um videojogo no Autódromo do Estoril. Ainda assim, Lamy mostrou-se esperançado em voltar a ver a mais prestigiada competição do automóvel em Portugal, frisando que o primeiro passo deve ser dado pelo turismo.
“Trazer a Fórmula 1 para Portugal, por exemplo, que é o expoente máximo do automobilismo, tem a ver muito com o facto de o turismo não ter tanto interesse, mas a Formula 1 seria ótimo para divulgar o país. Mas isso custa dinheiro e espero que no futuro haja acordo entre o Turismo de Portugal e a Fórmula 1”.
Relativamente ao campeonato do Mundo de Resistência e referindo-se à próxima corrida em Fuji, Japão, Lamy não cria muitas expectativas, preferindo pensar corrida a corrida e ter o carro muito rápido.
Contudo, um bom resultado dependerá da adaptação dos pneus, procurando dar continuidade aos bons resultados para chegar ao fim do campeonato na liderança da categoria GT AM.
A terminar, Pedro Lamy abordou também a saída da Porsche da LMP1 – categoria rainha da resistência – e admitiu que o campeonato passa por uma crise.
“O facto de a Porsche sair é mau para o campeonato. A Toyota já disse que ia continuar e isso é positivo. Mas só ter uma marca oficial não é bom, mas por outro lado vai entrar mais uma marca que é a BMW. Espero que as coisas melhorem e que o campeonato consiga sobreviver a esta crise”, concluiu.
*com Lusa