Apontado como uma jovem promessa do automobilismo norte-americano, Santino Ferrucci destacou-se no passado fim de semana de Fórmula 2 por uma série de motivos errados.

Um deles foi o seu apoio a Donald Trump: embora não tenha recebido qualquer crítica em virtude de preferências políticas, o facto de ter tentado competir com uma mensagem dessa índole no carro não caiu bem no seio da equipa Trident Racing e na Federação Internacional do Automóvel (FIA), que manifestaram a sua posição contra.

Na prova de Silverstone, o jovem piloto de 20 anos que também é protegido da Haas F1 teve um fim de semana desportivo bastante atribulado, entrando numa sequência confrontacional com o seu próprio companheiro de equipa, Arjun Maini, embatendo propositadamente no monolugar deste. Em resultado, foi suspenso por dois eventos (quatro corridas, atendendo a que cada fim de semana tem duas provas).

Contudo, além disso, Ferrucci ficou ainda na ‘mira’ dos próprios responsáveis da equipa Trident (e da FIA) quando tentou aplicar no seu monolugar um autocolante a apoiar Donald Trump através do seu slogan ‘Make America Great Again’ (Tornar a América Grande Novamente, numa tradução literal).

Em declarações ao canal ESPN, o diretor da equipa, Maurizio Salvadori, apontou que a proibição de mensagens políticas é conhecida de todos os envolvidos no automobilismo e que, depois de ter sido abordado com o pedido por parte da família Ferrucci, “tentei explicar a impossibilidade de cumprir essa possibilidade. Confrontado com a sua insistência, pedi uma opinião escrita à FIA que, uma vez recebida, reencaminhei para a família Ferrucci”.

Santini recebeu um total de 66.000€ de coimas ao longo do fim de semana de Silverstone, merecendo ainda uma penalização por razão insólita: regressou às boxes com apenas uma luva calçada e um telemóvel na outra. Em virtude de tudo isto, os responsáveis da equipa e da própria Haas estão agora a reunir “informações pertinentes” para tomar uma decisão relativa ao futuro do piloto.