A Fórmula 1 poderá vir a enfrentar mais um escândalo de grandes dimensões, depois de se saber, em Singapura, que a Federação Internacional do Automóvel (FIA) está a avaliar a possível quebra do teto orçamental por parte de duas equipas – a Red Bull e a Aston Martin na temporada de 2021.

A informação começou por ser partilhada por órgãos de comunicação da Alemanha (Auto Motor und Sport) e de Itália (Gazzetta dello Sport), indicando que duas formações, a Red Bull e a Aston Martin, violaram o limite de gastos imposto pela FIA na temporada de 2021, que era de 145 milhões de dólares. Os regulamentos indicam ainda que o teto orçamental é ainda reduzido noutros 5 milhões de dólares em cada ano, em 2022 e 2023.

Os dados definitivos apenas serão dados a conhecer na próxima quarta-feira, mas nos meandros da Fórmula 1, mas diversos responsáveis de equipas concorrentes, sobretudo da Red Bull, não perderam a oportunidade de mandar ‘farpas’ a essa equipa, como foi o caso de Toto Wolff, diretor da Mercedes-AMG, que afirmou à Sky F1, que é um “segredo mal escondido” no paddock da Fórmula 1.

A tabela sancionatória da FIA é vaga neste aspeto, indicando apenas que uma violação inferior a 5 milhões de dólares é considerada menor, podendo apenas ser admoestada com uma multa, mas caso seja encontrada uma violação do teto orçamental superior a esses 5 milhões, a consequência pode ser também na ordem da retirada de pontos ou suspensão em Grandes Prémios. Porém, estes cenários são algo extrapolativos, na medida em que não existe uma indicação precisa das penalizações a aplicar em situações de violação dessa regra orçamental que visa limitar os gastos e equilibrar o pelotão.

A Red Bull já veio negar qualquer violação, mas a Mercedes-Benz e a Ferrari estão atentas a este caso, a primeira porque perdeu o título (também de forma polémica) de pilotos de 2021 para Max Verstappen e a segunda porque contou com os carros da Red Bull como principais rivais ao longo da atual temporada.