M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os carros de Fórmula 1 não costumam aparecer nos classificados de automóveis usados. Apesar disso, não é incomum serem vendidos, especialmente os carros das equipas do meio ou do final da tabela, que precisam de todos os tostões disponível para o orçamento da próxima equipa. E no fundo acabam todos estes carros por se tornarem peças importantes em coleções privadas. É o caso deste Jordan de 1996, que foi recentemente vendido em leilão.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O Jordan 196 foi pilotado por Rubens Barrichello e Martin Brundle na temporada de 1996 da Fórmula 1. Este modelo em particular era o chassis número 3, que Brundle, na altura um veterano da F1 a participar na sua última época, pilotou em vários Grandes Prémios, começando como carro reserva no GP da Austrália. O piloto britânico conseguiu três sextos lugares com este carro, nos GPs da Europa, Canadá e Grã-Bretanha, mas no final do ano conseguiu um quarto lugar com outro chassis. Mais de 20 anos depois de ter participado no Mundial de F1, ainda hoje mantém o motor original Peugeot V10, uma raridade.

Embora os resultados não tenham sido espetaculares, o facto de estar em condição original tornou-o uma peça de interesse particular, e no final do leilão foi vendido por nada menos que 241.250 euros. Infelizmente, não há grandes hipóteses que o seu novo dono o ponha em ação numa pista qualquer. O motor Peugeot não era uma unidade cliente, vendida a qualquer carro, como eram o caso dos Ford Cosworth, e seria muito difícil a marca francesa ser convencida a trazer de volta o material para ligar o V10, que na altura era considerado um dos motores mais potentes do plantel, mas pouco fiável. O que não quer dizer que não possa participar em corridas, pois, trocando o Peugeot por um mais moderno Judd V10, pode ser usado nas provas do BOSS GP, dedicado a carros antigos de F1, F3000 e GP2.

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