Kalle Rovanperä e Elfyn Evans, ambos da Toyota, mantêm em aberto a luta pelo triunfo no Rali de Portugal, com a diferença entre ambos a ser de apenas 5,7 segundos no final do terceiro dia de competição do Mundial de Ralis em solo luso. A prova tem sido também uma demonstração de competitividade da Toyota, com Takamoto Katsuta a colocar mais um Yaris Rally1 entre os três primeiros.

Uma vez mais, as condições bastante duras dos troços portugueses causaram dificuldades aos muitos pilotos em prova, alternando entre tempo seco e períodos de chuva, com os companheiros de equipa da Toyota Gazoo Racing a chegarem ao final da segunda etapa com uma diferença de 5,7 segundos na classificação geral, com vantagem para Rovanperä, que levou a melhor em três especiais neste dia. Uma classificação impressionante atendendo a que o jovem finlandês começou o dia a 13,6s do seu companheiro de equipa.

Foi nas segundas passagens por Cabeceiras de Basto (22,03 km) e, principalmente, Amarante (37,24 km), o troço mais longo do rali, que Rovanperä começou a demonstrar a sua velocidade. O menino-prodígio de 21 anos chegou à Super Especial do Porto com quatro segundos de vantagem sobre Evans e ainda ganhou mais 1,7s no escorregadio empedrado da Foz. Aí, em condições de aderência mínima, os mais rápidos foram os concorrentes do WRC2, liderados por Josh McErlean, com um Skoda Fabia Rally2 Evo.

A luta pelo triunfo promete durar até ao final, conforme explicou o também finlandês Jari-Matti Latvala, diretor da equipa Toyota Gazoo Racing: “Detesto ordens de equipa. Já quando corria não gostava e não o vou fazer agora”, afirmou Latvala, antecipando assim os 48,87 quilómetros do rali que faltam percorrer.

Katsuta e Sordo lutam pelo pódio

Para cimentar ainda mais a competitividade dos Toyota, Takamoto Katsuta colocou mais um Yaris no top 3., superando Dani Sordo (Hyundai) no final da manhã, em Amarante. Porém, o veterano espanhol da Hyundai logrou manter-se em contato com o jovem japonês e parte para o último dia com uma diferença de 5,7 segundos para o terceiro lugar.

Thierry Neuville (Hyundai) venceu o troço de Amarante 2 com um tempo-canhão (menos 33,7s do que na primeira passagem e 16,9s mais rápido do que o segundo, Rovanperä). Ainda assim, o belga – o mais direto perseguidor de Rovanperä no Mundial – só conseguiu subir até ao quinto lugar após as dificuldades da segunda etapa, estando a 30,1s de Sordo.

A hecatombe da M-Sport Ford continua, pois Sébastien Loeb desistiu com problemas de motor, Gus Greensmith também ficou de fora com danos na suspensão e Craig Breen é o melhor representante da equipa britânica, no sexto posto. Registo, também, para mais uma etapa aziaga de Sébastien Ogier, que ficou com o seu Yaris GR Rally1 assente numa berma, em Cabeceiras de Basto (PE11).

No WRC2, Teemu Suninen (Hyundai) continua a liderar, agora com 30,5s de vantagem sobre Yohan Rossel (Citroën), num dia em que Oliver Solberg abandonou com a direção do seu Hyundai partida. Armindo Araújo (Skoda) é, nesta altura, o melhor português ainda em prova, na frente de Ricardo Teodósio (Hyundai).

O dia das decisões

O último e decisivo dia do Rali de Portugal é marcado pela ronda pelas sempre espetaculares classificativas de Fafe. No domingo, os concorrentes têm pela frente os troços de Felgueiras, Montim e Fafe, num total de 48,87 quilómetros. E, a exemplo dos últimos anos, a segunda passagem pela especial de Fafe volta a ter o estatuto de Power Stage. Ou seja, a classificativa que premeia os cinco pilotos mais rápidos com pontos adicionais, independentemente de terminarem nos lugares pontuáveis para o Mundial.

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