Kalle Rovanperä (Toyota Gazoo Racing) venceu pela segunda vez o Rali de Portugal, regressando desta forma aos triunfos no Mundial de Ralis (WRC). Tendo dominado a prova quase de fio a pavio, ganhou mais de metade das 19 classificativas, saltando dessa forma para a liderança isolada do Campeonato de Pilotos, o qual lidera com mais 17 pontos do que Ott Tanak.

O atual campeão em título não tinha conseguido ainda vencer nenhuma prova na temporada de 2023, mas o finlandês de apenas 22 anos demonstrou uma imensa maturidade e velocidade nos escorregadios troços lusos para assim subir ao lugar mais alto do pódio. Rovanperä assumiu o comando da prova na sexta-feira à tarde quando Ott Tanak (M-Sport Ford), então na liderança, danificou uma roda do seu carro.

Porém, no sábado, o piloto da Toyota ‘abriu o livro’ e demonstrou-se inalcançável para todos os seus rivais, terminando o Rali de Portugal com 54,7 s de avanço sobre o segundo melhor, o espanhol Dani Sordo (Hyundai).

O terceiro classificado foi Esapekka Lappi (Hyundai), que ficou a 1m20s da frente, colocando assim dois carros da marca sul-coreana no pódio. Ott Tanak (M-Sport Ford) ficou na quarta posição, embora tenha beneficiado dos problemas mecânicos de Thierry Neuville (Hyundai) na terceira e última etapa, que caiu de terceiro para quinto.

No caso dos WRC2, verificou-se uma intensa batalha entre Gus Greensmith e Oliver Solberg, ambos com carros da Skoda, com Greensmith a vencer com apenas 1,2 s de vantagem sobre Solberg.

No entanto, a história é muito mais complexa, já que o sueco acabou o dia na liderança da classe com 35,4 s de avanço. Porém, depois de fazer uns piões na super-especial de Lousada para deleite dos adeptos, recebeu uma penalização de um minuto, fazendo com que começasse a última etapa na segunda posição, da qual tentou recuperar para a liderança, novamente, mas falhou por pouco.

O regressado Andreas Mikkelsen (Skoda) completou o pódio numa das melhores listas de inscritos de sempre do Mundial dos Rally2, com 43 equipas. O duelo de finlandeses do WRC3 viu Roope Korhonen ficar na frente de Toni Herranen, ambos em Ford.

Apesar de três dias de prova e 325,35 quilómetros cronometrados, Armindo Araújo ‘sobreviveu’ à dureza do rali como o melhor português, ao ficar classificado na 17ª posição da geral. O piloto foi assim o melhor representante luso na competição pela 12ª vez em 17 participações, vencendo ainda a prova do Campeonato de Portugal de Ralis, disputada na sexta-feira. Miguel Correia teve problemas mecânicos no seu Skoda, mas assumiu o comando do campeonato, com o treinador de pilotos, o regressado Nuno Pinto (Citroën) a secundar Armindo Araújo entre os portugueses, na frente de Francisco Teixeira (Skoda).

Ricardo Sousa (Peugeot) ganhou a prova do CPR2, ao impor um andamento forte e ao conseguir evitar os furos na etapa de sábado. Gonçalo Henriques (Renault) foi o segundo classificado e Hugo Mesquita (Renault) completou o pódio final. O campeão em título, Ernesto Cunha (Peugeot), continua na frente do campeonato dos 2 Rodas Motrizes. Ricardo Sousa também foi o mais forte na Peugeot Rally Cup Ibérica, o troféu dos Peugeot 208 Rally4, onde o piloto português bateu os espanhóis Sergi Pérez e Iago Gabeiras, num pelotão com 12 equipas.

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.