Foi um dos momentos mais icónicos da década de 1990 no que diz respeito à Fórmula 1: a boleia de Nigel Mansell a Ayrton Senna, seu rival na luta pelo título, após vencer o Grande Prémio da Grã-Bretanha de 1991 com a Williams. O monolugar que serviu de ‘táxi’ ao malogrado piloto brasileiro e que triunfou pelas mãos de Mansell foi agora vendido em leilão por mais de quatro milhões de euros.

Num evento realizado no Mónaco, a RM Sotheby’s colocou a leilão alguns dos veículos da coleção privada do campeão de 1992 de Fórmula 1, Nigel Mansell, com o destaque a ir para dois dos monolugares com que competiu: o Williams FW14 de 1991 e o Ferrari 640 de 1989. Ambos registaram forte interesse por parte dos licitadores, mas foi o Williams-Renault FW14 com que ficou em segundo lugar na temporada de 1991, precisamente atrás de Ayrton Senna, que granjeou a maior disputa em termos de valores.

Vendido por mais de um milhão de euros acima da estimativa inicial, o Williams que deu a boleia a Senna no final do Grande Prémio em Silverstone foi arrebatado por 4.055.000€, com a leiloeira a enaltecer uma “intensa batalha de licitações” por este monolugar.

Já o Ferrari 640 com que participou na temporada de 1989 ficou um pouco abaixo do valor obtido pelo Williams, mas ainda assim foi vendido por 3.605.000€, um montante considerável para um monolugar que não tendo disputado a batalha pelo campeonato, alcançou alguns triunfos com Mansell (dois) e Gerhard Berger (um).

Equipado com um motor V12 de 3.5 litros, este Ferrari foi particularmente importante por ter sido o primeiro monolugar na Fórmula 1 a competir com uma caixa automática com patilhas atrás do volante, tendo a curiosidade de também ter triunfado na primeira corrida em que participou com a equipa italiana, logo no GP do Brasil de 1989, em Jacarepaguá.

Após o leilão e os resultados obtidos, o ex-piloto confessou-se “satisfeito com o trabalho feito pela RM Sotheby’s para trazer os meus adorados carros para o mercado. A decisão de vendê-los depois de todos estes anos foi difícil, mas não os teria confiado a qualquer outra casa de leilões que não a RM Sotheby’s”.

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