M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A Antártida pode ter o segredo para travar as mudanças climatéricas que estão a resultar em maiores extremos de temperatura por todo o planeta. E para descobrir esses segredos, a Universidade de Southampton e a Unidade Britânica de Pesquisa do Antártico viajaram até aos mares do sul com um drone submarino que desceu até uma profundidade de 4000 metros, para estudar o que se passa no ponto de encontro de dois oceanos.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Este drone, oficialmente batizado como David Attenborough mas apelidado pelos cientistas presentes como Boaty McBoatface, foi construído pelo Centro Oceanográfico Nacional do Reino Unido, faz parte de uma classe de veículos submarinos operados por controlo remoto, e esteve na sua primeira missão. A zona das Ilhas Orkney do Sul, a apenas 600 km da Antártida, marcam o ponto de encontro das águas que fluem do mar à volta do continente mais frio do mundo com as correntes marítimas do Atlântico Sul.

O Boaty McBoatface permitiu aos cientistas medirem as temperaturas da água em vários pontos, algo que até aqui nunca tinham conseguido, uma vez que tinham que ficar num ponto fixo na superfície. O drone percorreu mais de 180 km em profundidades tão baixas como 4000 metros, a temperaturas abaixo de zero (o ponto de fusão da água salgada é mais baixo que o da água doce). Um submarino militar normalmente não pode baixar mais que 500 metros.

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