A BMW quebrou o molde das anteriores gerações com as soluções incluídas no E39 e ainda hoje os números impõem respeito: é o primeiro M5 com um motor V8 atmosférico, 4900 cc, 400 cv e 500 Nm de binário às 3800 rpm. Tudo isto significava que era capaz de atingir os 100 km/h em 5.3s e foi o primeiro automóvel familiar de série capaz de atingir 1,2 g de aceleração lateral.
o E39 é o primeiro M5 com um motor V8
Na altura em que foi lançado, o M5 E39 era um automóvel discreto, sendo denunciado junto dos conhecedores apenas pelas quatro saídas de escape e as jantes desportivas, mas conseguia passar por uma normal berlina de executivo para a restante maioria das pessoas. O exemplar que testámos foi gentilmente cedido pelo proprietário e estava em excelentes condições. Ao vivo reconhecemos que tanto o interior, como o exterior resistiram bem à passagem do tempo.
a qualidade dos materiais e da montagem é algo intrínseco na BMW
Basta girar a chave na ignição para percebermos que acordámos um motor com uma alma especial, assim que a rotação estabiliza ao ralenti apenas ouvimos o V8 ronronar. Sentados ao volante não podemos deixar de notar que o habitáculo foi projetado para ser muito confortável – a qualidade dos materiais e da montagem é algo intrínseco na BMW e passados vinte anos não há ruídos parasitas. A caixa é manual de seis velocidades (não havia sequer opção para automática) e basta uma leve pressão no acelerador para, a partir das 4000 rpm o ronronar passar a um rugido revelador do seu caráter. O seu desempenho parece ainda superior ao indicado pelos dados. A direção é precisa e bem calibrada apesar de não ser muito comunicativa. Notámos algum adornar da carroçaria, mas nunca o suficiente para perder o controlo e com a ajuda do diferencial semiblocante podemos abusar da tração traseira em piso seco sem arranjar problemas.
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