Entrar neste X5 (cedido pela Caetano Baviera Porto) é aceder a um mundo de luxo, de materiais de superior qualidade, acabamentos milimétricos, bancos que nos seguram firmemente o corpo, sendo, ao mesmo tempo, muito confortáveis, uma ergonomia com poucas notas dissonantes e um ou outro pormenor de gosto pouco “europeu”, como seja o punho da alavanca da caixa de velocidade automática em cristal, que faz as delícias dos clientes chineses ou os comandos (alguns) por gestos.
Construído (desde a primeira geração) nos Estado Unidos, o X5 também se poderia denominar XL tendo em conta as suas dimensões – 4,92 metros de comprimento, dois de largura, sem contar com os espelhos retrovisores, 1,74 de altura e 2,97 metros de distância entre eixos -, que permitem a cinco adultos viajarem desafogadamente, levando 650 litros de bagagens, ou acomodando mais dois passageiros (uma opção que custa 2.150 euros). Refira-se que a mala abre em duas metades, sendo que a inferior, ficando na horizontal, dificulta um pouco a retirada das bagagens, mas também pode ser utilizada como banco.
Mas, se o “físico” deste SAV (Sports Activity Vehicle), denominação que a marca adota desde sempre, impõe alguns constrangimentos na circulação urbana, o bem-estar que tanto espaço a bordo proporciona compensa alguns calafrios.
Alta tecnologia
Como seria de esperar, também o conteúdo tecnológico do novo X5 é superlativo, como a condução semi-autónoma, as inúmeras câmaras de vídeo por todo o veiculo, uma conectividade altamente desenvolvida, as rodas traseiras direcionais ou a assistência ao estacionamento, que não só controla a entrada e a saída do estacionamento, como também permite retroceder automaticamente, pois o sistema memoriza em permanência os últimos 50 metros do percurso. Uma maravilha quando por exemplo, nos metemos numa rua estreita e percebemos, mais à frente, que o X5 não passa.
Os 265 cavalos e os 620 Nm de binário desta versão cumprem na íntegra a tarefa de mover rapidamente este enorme e pesado (2.110 quilos) X5, a fazer nos dados da marca, que anuncia uma velocidade máxima de 230 km/h e uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 6,5 segundos, valores dignos de registo. O consumo dificilmente baixará dos 8,5l/100km e se abusarmos do acelerador facilmente rondará os 12 litros.
Em termos de comportamento, o X5 surpreendeu-nos pelo seu desembaraço no trânsito citadino, onde responde muito bem ao acelerador na hora de mover a sua enorme massa graças ao binário a baixo regime e a uma caixa de velocidades de oito relações, com um escalonamento praticamente sem falhas.
Se numa escapadela de fim-de-semana ou nas férias escolhermos traçados mais sinuosos e tivermos optado por dotar o X5 de quatro rodas direcionais somos surpreendidos pela agilidade deste BMW, que devora curva atrás de curva em total segurança e conforto. Mas o X5 é um rolador nato, onde podemos fazer centenas de quilómetros (o depósito tem uma capacidade de 80 litros) num conforto impressionante.
A gama dispõe, ainda de outra motorização a Diesel, o M50d (400 cavalos e 760 Nm de binário), que custa a partir dos 135.800 euros, e uma a gasolina, a xDrive40i (340 cavalos e 450 Nm de binário), com preços a partir dos 98.510 euros.
Motor: Diesel, seis cilindros em linha
Cilindrada: 2993 cm3
Potência: 265 CV às 4000 rpm
Binário: 6200 Nm às 2000 rpm
Velocidade Máxima: 230 Km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h: 6,5 segundos
Transmissão: Tração integral; caixa automática de oito velocidades
Peso: 2110 kg
Consumo Combinado: 8,3 l/100km (dados do construtor)
Emissões de CO2: 162 g/km
Preço desde: 105.3210 BMWeuros
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