BMW Z4 sDrive 20i: Prazer máximo de cabelos ao vento

06/03/2020

Com o novo Z4 a BMW volta às origens, aos cabriolets com capota de lona, e arrasa com linhas arrebatadoras. Há quem torça o nariz à nova grelha dos modelos da marca alemã, mas visto de perfil e de traseira, não há como criticar o Z4, ensaiado pelo Motor24 na sua versão de entrada, o sDrive 20i.

O Z4 testado pelo Motor24 (cedido pela Caetano Baviera Porto) impressiona mesmo parado. Baixo (pouco mais de 1,30 metros de altura), largo (dois metros entre retrovisores), com uma frente interminável, que culmina com o “duplo rim,” da marca e uma traseira poderosa, poucos ficam indiferente ao apelo deste descapotável.

E um olhar mais atento permite notar o equilíbrio entre a frente e a traseira, que se traduz numa ideal distribuição de peso de 50/50 e um centro de gravidade muito baixo, que ajudam a tornar este Z4 num eficaz “brinquedo”, mesmo quando o tempo não ajuda e nos obriga a manter a capota colocada.

O “pequeno” motor dois litros, de quatro cilindros turbo alimentados, debita oficialmente 197 cavalos mas, puxando por ele, parece que alguém se enganou na ficha técnica, tal a forma pronta como o Z4 reage ao pé direito.

A marca diz que os 0 aos 100 km/h são cumpridos em 6,6 segundos e que a velocidade máxima é de 240 km/h. Mais que a frieza dos números, este Z4 vive das emoções sentidas ao volante, que começam uma posição de condução perfeita, um comportamento de bom nível, com uma frente incisiva e uma boa tração do eixo traseiro, tudo acompanhado de uma sonoridade bem desportiva.

Sentados quase colados ao eixo traseiro, com o volante bem na vertical, encaixados em bancos com um bom suporte lateral, com todos os comandos bem posicionados e uma qualidade de materiais de montagem bem acima da média, o mais barato dos Z4 proporciona bons momentos de diversão ao volante.

E, se quisermos, podemos passear, capota recolhida, apenas aflorando o acelerador, uma prática que este motor aceita sem protestos, e num conforto que podemos considerar aceitável num carro com estas características.

O interior é, em tudo semelhante a uma clássica berlina da BMW, tanto em espaço para os (dois) ocupantes, como na disposição dos comandos. Mesmo a bagageira, com 281 litros de capacidade, permite algo mais do que uma escapadinha de fim de semana.
Os materiais e a montagem estão a um nível bastante alto, permitindo uma experiência sensorial verdadeiramente Premium.
A marca declara um consumo médio entre os 7,1 e os 7,3l/100 km, mas devemos contar antes com oito litros, a ritmos moderados.

Tecnologia
O Z4 dispõe, em série ou opção, de uma vasta panóplia de ajudas à condução, incluindo um aviso de colisão com assistência de à travagem de emergência com reconhecimento de peões e assistente de saída de faixa rodagem.

Se quisermos abrir os cordões à bolsa, temos o controlo adaptativo da velocidade de cruzeiro, com assistência em engarrafamentos, reconhecimento de sinais de trânsito, aviso de veículos que circulam perpendicularmente atrás do carro, extensível ao estacionamento.

Em termos de comunicação, por mais 2.850 euros podemos ter o BMW Live Cockpit Professional e por 1140 euros dispomos do Head-Up Display, entre outros opcionais.

O preço do Z4 começa nos 51.500 euros, com a versão 30i (mesmo motor mas 258 cavalos) a custar 57 mil euros. O mais potente M40i, como motor 3.0, de seis cilindros e 340 cavalos, custa 82.500 euros.

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.