Este sistema híbrido Plug-in está dotado de tração integral e apresenta uma potência combinada de 300 CV (220 kW), que resulta da combinação de um motor 1.6 PureTech de 200 CV (147 kW) e dois motores elétricos: um no eixo dianteiro, acoplado à transmissão e-EAT8, e que desenvolve 110 CV (81 kW), e outro acoplado ao eixo traseiro, com uma potência de 112 CV (83 kW). Desta forma, a marca garante condição de tração integral eletrificada.
No nosso primeiro contacto com este modelo, nas estradas em redor de Barcelona, confirmámos que este é um sistema que incute um maior dinamismo ao 3008, com a junção entre os motores a permitirem acelerações vigorosas e recuperações também muito apressadas, por mérito dos 450 Nm de binário oferecidos por este sistema composto por três motores.
No modo elétrico, mantém-se o bom nível de dinamismo, mesmo que se aconselhe mais contenção no pé direito para fazer prolongar a autonomia elétrica. Para que tal aconteça, é necessário ainda jogar com o modo de recuperação ‘B’ no comando da caixa, que permite regenerar mais energia da travagem para a bateria de iões de lítio. Note-se que a aceleração dos zero aos 100 km/h cumpre-se em 5,9 segundos, atingindo uma velocidade máxima de 235 km/h em modo combinado ou 135 km/h em modo puramente elétrico.
A tração às quatro rodas concede-lhe, igualmente, uma boa versatilidade fora de estrada (que também testámos nas montanhas de Sitges), mesmo que seja muito mais útil em estradas de aderência precária ou na manutenção de uma trajetória linear. Os modos de condução, selecionáveis a partir de botão na consola central, permitem também variar o desempenho da unidade híbrida, sendo aqui que se pode escolher entre o modo Sport mais dinâmico e o Electric para zero emissões. O modo ‘Hybrid’, ou híbrido, é o preferencial para a grande maioria das situações, deixando ao critério do veículo a escolha entre os diferentes modos de locomoção.
Apesar do bom desempenho do sistema híbrido, também notámos alguma tendência para a caixa de velocidades automática de oito velocidades (EAT8) arrastar uma determinada relação, causando até alguma semelhança com a atuação de uma caixa CVT, motivando o respetivo aumento de ruído.A adição dos componentes elétricos (mais 340 kg) não desvirtua em demasia a dinâmica, que continua a ser ótimo cartão-de-visita do 3008, com direção precisa e bem calibrada, não havendo também grande mudança no tato do pedal do travão, algo que poderia ter acontecido por efeito do sistema de regeneração. Porém, perde alguma da sua acutilância na inserção em curva, o que é um efeito que não prejudica em grande medida a condução deste SUV.
Quanto aos consumos que obtivemos num percurso de cerca de 60 quilómetros, bastante montanhoso, conseguimos uma média de 4,1 l/100 km, ficando algo longe do consumo homologado, mas que se justifica pelo trajeto escolhido. Recorde-se que tem valores de homologação de 29 g/km de CO2 nas emissões, consumo de 1,3 l/100 km e uma autonomia de 59 quilómetros em modo 100% elétrico.
A capacidade da bateria é 13.2 kWh, podendo ser carregada em 1h45 com recurso a uma Wallbox de 7.4 kW (carga acelerada). A colocação da bateria é ‘roubada’ em mais de 100 litros, descendo dos 520 litros das versões com motor de combustão interna para os 395 litros do 3008 Hybrid4.
Gama Peugeot 3008 Hybrid4
| 3008 Allure HYBRID 225cv e-EAT8 | 45.125€ |
| 3008 GT Line HYBRID 225cv e-EAT8 | 47.425€ |
| 3008 GT HYBRID 225cv e-EAT8 | 49.925€ |
| 3008 GT Line HYBRID4 300cv e-EAT8 | 52.425€ |
| 3008 GT HYBRID4 300cv e-EAT8 | 54.925€ |
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