Contacto Renault Mégane 1.3 TCe: Apanhar a onda da gasolina

05/02/2019

Acabadas de chegar ao mercado nacional, as novas motorizações a gasolina para a gama Mégane vêm reforçar este popular modelo compacto, procurando também beneficiar da atual corrente de transição que existe no mercado europeu no que diz respeito aos Diesel.

A marca reconhece que o Diesel continua a ser bastante importante no mercado europeu, embora avance também que a sua queda é notória, sobretudo no último ano. Assim, aproveitando este novo motor 1.3 TCe desenvolvido em parceria com a Daimler, a Renault passa a contar com novas alternativas na sua gama, divididas em três níveis de potência – 115, 140 e 160 CV, sendo nestes dois últimos que a marca deposita as suas fichas no que diz respeito às vendas.

Num evento nacional, pudemos efetuar um primeiro contacto com estes novos motores, num percurso traçado entre Oeiras e Torres Vedras, que serviu para aquilatar já algumas das potencialidades deste bloco a gasolina com várias tecnologias de ponta, como o filtro de partículas, revestimento interno dos cilindros para menor atrito e melhor transferência de calor (estreada pela Nissan no seu superdesportivo GT-R), aumento da pressão de injeção direta de combustível, em 250 bar, e controlo das válvulas de admissão e de escape de acordo com a carga do motor.

Mégane estrela da companhia

A escolha do Mégane para protagonizar este lançamento da mecânica a gasolina de nova geração repercute a importância do modelo para a Renault em Portugal. Com quase um quarto de século (o modelo foi apresentado em meados de 1995), foi seis vezes o automóvel mais vendido no país e, nos últimos 16 anos, só uma única vez é que não esteve no Top5 das vendas.

Na prática, este é um motor com rendimento otimizado e com uma carácter mais dinâmico, oferecendo prestações deveras interessantes num segmento em que não são muitas as propostas com esta amplitude de potência. Mais potente e, por isso, mais desafogada, nas prestações, a unidade de 160 CV tem respostas mais determinadas, embora a diferença face à versão de 140 CV seja pouco notória. Com esta última é já possível lançar o Mégane para ritmos fortes sem recurso frequente à caixa de velocidades, respondendo com vigor e acompanhando muito bem um chassis que continua a ser muito rigoroso na forma como encara as curvas, com muita precisão e segurança.

Com esse mesmo ritmo forte e sem grandes preocupações com consumos, o 1.3 TCe de 140 CV apresentou uma média de 7,1 l/100 km. Ainda assim, com o motor de 160 CV, há uma ligeira sensação de superior desafogo, que se sente mais quando se eleva a faixa de rotações, podendo ser mais adequada para quem procura então maior desportividade ou circula muitas vezes com mais carga a bordo, como sucede na variante específica familiar Sport Tourer.

Seja como for, ambos os motores deixam ótima impressão, com bom refinamento de utilização e entrega de potência de forma linear. Ambas as motorizações podem ser associadas a caixas automáticas de sete velocidades (EDC7), opcionalmente.

Este novo argumento de vendas da Renault também irá chegar a outros modelos, como o renovado Kadjar, estando já disponível nas três carroçarias do Mégane (Berlina, Grand Coupé e Sport Tourer), com preços a partir de 24.255€ (versão berlina), 24.275€ (Grand Coupé) e 25.170€ (Sport Tourer).

 

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