Ensaio Mitsubishi ASX 1.6 DI-D: A escolha acertada

12/12/2017

O Mitsubishi ASX, apesar dos sete anos que já leva no mercado, consegue manter uma imagem atrativa (recentemente refrescada) e o preço “simpático” a que são vendidas as duas motorizações a gasolina e Diesel têm-lhe permitido uma carreira comercial bem interessante. O Motor24 experimentou a versão 1.6 DI-D, de 114 cavalos, que se revelou bem mais expedita do que a ficha técnica dava a entender.

A estrela da marca japonesa, que brilhou nos ralis, no todo-o-terreno e nos segmentos dos citadinos e dos familiares, tem andado um pouco apagada, com uma oferta reduzida de modelos. Mas a parceria com o grupo Renault-Nissan deve dar-lhe um novo fôlego e já há novos projetos na calha, um dos quais, o Eclipses está prestes a chegar ao mercado, posicionando-se entre este ASX e o Outlander.

Vale isto por dizer que, apesar de datado nalguns aspetos, como um controle menos eficaz do rolamento da carroçaria (nada de preocupante, pois estamos perante um carro familiar), o ASX ainda tem muito para oferecer.

O novo desenho da frente trouxe-lhe um surpreendente ar de modernidade e de agressividade – e não custa muito imaginarmos ser esta a frente de um novo Lancer Evo, modelo que ainda faz as delícias de pilotos e amantes dos ralis – uma atualização que se estendeu à traseira.

Ainda no apelo à visão, saliente-se o os faróis de Xénon ( a versão a gasolina fica-se pelos de halógeno), as jantes de liga leve de 18 polegadas, os pneus de 225/55R18, a grelha com aplicações de cromados e os plásticos frontais a cor da carroçaria.

Este crossover, de dimensões na média do segmentos (4,35 metros de comprimento, 1,77 de largura e 1,63 altura), oferece um bom espaço interior, acomoda sem grande dificuldades cinco ocupantes e com bom espaço para as pernas e oferece múltiplos espaços de arrumação, não faltando onde esvaziar os bolsos.

Interior rejuvenescido

Bem sentados, o teto panorâmico revela um interior rejuvenescido, mais na espuma dos dias, com um monitor tátil um tudo ou nada mais baixo do que seria desejável, mas com tudo o necessário, como seja, por exemplo, o emparelhamento com o smarthphone.

Na versão por nós ensaiada, a Instyle, não faltam os bancos em pele, aquecidos os dianteiros e regulável eletricamente o do condutor, consola central em preto piano, apoio de braços dianteiro ajustável com dois compartimentos.

No cômputo geral, pouco falta a este ASX em termos de equipamentos, proporcionando um elevado bem estar a bordo.

A bagageira por seu lado tem um volume anunciado de 419 litros, sendo que há concorrentes melhores neste aspeto.

A segurança tem o básico, como o ABS com EBD )sistema que distribuí a força da travagem), sete airbags, sistema de ajuda ao arranque em subida, controlo ativo de estabilidade e tração.

Nota-se a falta de alguma equipamento que já entrou no dia-a-dia dos principais construtores, independentemente da gama, como os avisadores do ângulo morto e da transposição da faixa de rodagem ou a travagem autónoma de emergência.

Motor esforçado

Os 114 CV e os 270 Nm debitados pelo motor deste ASX (oriundo do grupo Peugeot/Citröen) não são muito entusiasmantes no papel, sendo facilmente ultrapassados por quase toda a concorrência. No entanto, os 1380 quilos desta versão, juntamente com o correto escalonamento da caixa de velocidades (apesar de alguma anemia abaixo das 1500 rpm), permitem a este ASX uma vitalidade insuspeitada, bem como consumos contidos.

Anunciando uma velocidade máxima de 182 km/h e uma aceleração dos 0/100 km/h em 11,2 segundo, o ASX não deixa ficar mal o chefe de família mais apressado.
Existe, ainda uma versão de tração total, que perde dois quilómetros em velocidade máxima e 0,3 segundo em aceleração.

O preço da versão por nós ensaiada ascende aos 27 500 euros (um Intense custa 24 400 euros e a versão de tração integral orça em 35 mil euros).

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