Sabendo-se que este é um projeto comum da Renault e da Smart/Mercedes, e que ambos os modelos são fabricados na mesma fábrica, na Eslovénia, neste Brabus encontramos o motor 0.9 TCe de três cilindros e 109 cavalos montado atrás, que equipa igualmente o Twingo GT.
A implantação mecânica incomum (própria de alguns desportivos de topo), que faz deste um tração atrás, não significa, infelizmente, muita diversão ao volante. O peso do carro, a rondar os 1.090 quilos, e o ESP (controlo de estabilidade) calibrado para entrar em ação muito cedo, fazem do Brabus um citadino despachado, mas pouco virado para a diversão, e a sonoridade que sai dos escapes duplos também não é particularmente entusiasmante.
Este Brabus é estável, curva bem, tem uns pneus de dimensões generosas (185/45R 17 à frente e 205/40R 17, atrás) mas não dá grande margem de manobra para condutores mais afoitos. A suspensão é mais firme que a versão normal e a caixa de velocidades é de dupla embraiagem, com seis relações.
Mas na cidade está como peixe na água, com um incrível diâmetro de viragem (quase gira sobre si próprio), tem potência quanto baste para todas as exigências do quotidiano, levando quatro passageiros com algum à vontade. Acelera dos 0 ao 100km/h
Por outro lado, o facto de o motor ser traseiro faz com que a verificação de fluidos (incluindo enchimento do recipiente do líquido do limpa para-brisas) se faça pela frente. Temos de soltar duas pequenas patilhas na grelha e remover o capot, numa manobra relativamente fácil. O movimento inverso já se torna mais com plicado, pois é necessário encaixar novamente o capot, numa manobra que só a rotina pode tornar mais fácil. E para ver o nível do óleo é necessário remover o material isolante que cobre a mala e levantar uma tampa, única forma de aceder ao motor.
Irreverente
O luminoso e irreverente interior mantém todas as qualidade e defeitos das outras versões do Forfour. Espaço desafogado para os passageiros da frente e algo limitado para os dois que viajam atrás, bancos desportivos em couro nappa, tablier com uma mistura de couro e tecido artificial e bom equipamento de série (teto panorâmico, monitor tátil, sistema de navegação, sensor e câmara traseira e bancos aquecidos, entre outros itens). O banco traseiro rebate-se em duas partes, permitindo ampliar a capacidade da bagageira dos 186 para os 736 litros (números da marca),
Refira-se, em jeito de curiosidade, a presença de três…relógios: no monitor tátil, no écran TFT ao centro do painel de instrumentos e por baixo do conta-rotações, que está colocado no tablier á esquerda do condutor.
Os principais pontos negativos do interior dizem respeito ao pouco espaço para a perna esquerda, que fica demasiado fletida, aos comando dos vidros elétricos, muito recuados nos apoios de braços, e os vidros traseiros, que só abrem em compasso.
O preço deste Brabus começa nos 19.690 euros e pode ultrapassar os 26.280 que custava a unidade em ensaio.
FICHA TÉCNICA
Smart Brabus Xclusive
Motor: Gasolina, três cilindros em linha, injeção multiponto, turbo
Cilindrada: 898 cm3
Potência: 109 CV às 5750 rpm
Binário máximo: 170 Nm às 2000 rpm
Suspensão Dianteira: Independente tipo McPherson
Suspensão Traseira: Independente
Tração: Traseira
Caixa: Automática dupla embraiagem de seis velocidades
Aceleração (0-100 km/h): 10,5 segundos
Velocidade máxima: 180 km/h
Consumo médio (oficial) em l/100 km: 4,6
Emissões de CO2: 104 g/km
Peso: 1095 kg
Bagageira: 186-736 litros
Comprimento/Largura/Altura (mm): 3525/1665/1543
Distância entre eixos (mm): 2494
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